
A Cúpula do Clima realizada na última semana como um evento preparativo para a COP 30 teve uma das menores presenças de chefes de estado e de governo em seis anos, sinalizando uma grande desconfiança da comunidade internacional nas discussões ambientais. O evento nos dias 6 e 7, em Belém, contou com apenas 18 presidentes, 11 primeiros-ministros, o secretário de Estado do Vaticano e um rei — número inferior ao registrado desde a COP 25, em 2019, em Madri.
Entre os chefes de Estado presentes estavam Emmanuel Macron, da França, Gabriel Boric, do Chile, e Gustavo Petro, da Colômbia, além de figuras como o príncipe William, que representou o Reino Unido. A lista também incluiu governantes da Suécia, Namíbia, Moçambique e Guiana, além de representantes de países menos influentes no cenário global, como Palau, Comores e Eswatini.
Já a COP 30 em si começa nesta segunda (10) com a presença de delegações de 194 países, mas que deve manter a mesma quantidade de líderes.
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Já entre os países do G7, grupo das sete economias mais desenvolvidas, a presença também foi parcial com representantes apenas da França, Reino Unido e Alemanha. Por outro lado, Itália, Estados Unidos, Canadá e Japão ficaram de fora do encontro, o que reforçou o esvaziamento político do evento.
Historicamente, França e Reino Unido são os países que mais enviam seus líderes a esse tipo de conferência. Já o Japão participou apenas duas vezes nos últimos seis anos, enquanto Estados Unidos e Canadá compareceram com seus chefes de governo apenas na COP 26, em Glasgow, a última que reuniu todos os líderes do G7.
Entre as economias emergentes do G20, a ausência também foi marcante. Nenhum país fora do G7 foi representado por chefes de Estado mais de duas vezes nas últimas seis conferências. China e México, por exemplo, não enviaram seus governantes em nenhuma ocasião recente, mesmo com o gigante asiático sendo o maior emissor de gases de efeito estufa do planeta.
Além da baixa adesão de lideranças, a COP 30 de Belém também está vendo pouca contribuição dos países participantes, em que menos de 80 atualizaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês), que são as metas públicas de mitigação para redução de emissões de gases do efeito estufa. As NDCs respondem por 64% das emissões globais.
No último sábado (8), o presidente-designado da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, enviou a décima e última carta à comunidade internacional criticando o baixo envio das NDCs. Ele pediu um “ciclo de ação” no enfrentamento da crise climática.
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