
A Companhia Brasileira de Alumínio fechou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de R$ 131 milhões, alta de 51% em relação ao mesmo período do ano passado e invertendo o prejuízo do segundo trimestre, reflexo de uma demanda interna firme, preços internacionais do alumínio em alta e produção estabilizada, além de um leve aumento nas exportações.
A receita líquida da empresa foi de R$ 2,3 bilhões, alta de 5% no comparativo anual, puxada por conta do preço maior da commodity, apesar da queda no câmbio em relação ao ano passado. Por outro lado, o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) encerrou o trimestre com queda de 43%, para R$ 234 milhões, e margem Ebitda ajustada de 9% no comparativo com o mesmo período de 2024.
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O presidente da empresa, Luciano Alves, conta que o trimestre foi marcado pela retomada da produção de alumínio líquido, totalizando 93 mil toneladas, além da redução do custo (a empresa havia feito uma paralisação para manutenção de fornos na refinaria de alumina). A companhia reduziu a dívida líquida para R$ 3,3 bilhões, mas teve um leve aumento na alavancagem, que medido pela relação dívida líquida/Ebitda ficou em 2,45 vezes.
“Fizemos a conclusão da participação de ativos de geração eólica da Casa dos Ventos e conseguimos antecipar para 2025 o fornecimento de 60 megawatts-médios (MWm). Também tivemos uma melhora no perfil da dívida com a segunda emissão de debêntures com liquidação antecipada de outros empréstimos. Então reduzimos o custo médio e alongamos o prazo da dívida”, afirma Alves, frisando que a valorização do real teve efeito positivo na dívida da empresa, que é denominada em dólares.
A CBA manteve o padrão de produção voltada quase todo para o mercado interno, mas 12% foram dedicados à exportação por conta das vendas externas de lingotes de alumínio para a Europa por conta do CBAM, sigla em inglês para Carbon Border Adjustment Mechanism, uma política da União Europeia que deve entrar em vigor em 2026 e aplica um preço às emissões de carbono incorporadas em alguns produtos importados. “Temos que ver como o mercado vai se comportar, por isso que estão se antecipando a essas compras”, diz.
Desde a entrada da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre o alumínio brasileiro, a CBA tem direcionado suas exportações para Europa e América Latina ou aumentando as vendas no mercado interno. O impacto das tarifas, segundo executivo, criou um desbalanço pontual no mercado.
“É natural ter uma redução no volume de vendas para os EUA. Essas empresas que antes exportavam para o mercado norte-americano agora estão buscando alternativas nos mesmos mercados, basicamente Europa e América Latina, que é onde nos impacta, pois vemos um aumento da competição nesses mercados.”
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