Uma mulher de 32 anos rompeu o silêncio e denunciou um histórico cruel de violência doméstica que inclui estupro, agressões físicas e ameaças de morte cometidas por seu ex-companheiro em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O caso, que teve início em fevereiro de 2023, segue impune mesmo após a vítima reunir provas contundentes e obter medidas protetivas deferidas pela Justiça.
Segundo o relato da vítima, o estupro aconteceu quando ela permitiu que o ex-companheiro entrasse em casa, mesmo após episódios de comportamento agressivo sob efeito de álcool. “Enquanto eu era estuprada, ele disse que eu deveria gemer de dor, já que não gemeria de prazer”, desabafou a mulher, em depoimento à Polícia Civil e ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
As ameaças continuaram mesmo após a separação. Atualmente vivendo em Seropédica, a vítima relata que o agressor envia mensagens ameaçadoras, afirmando que ela “vai conhecer o diabo” e que sua vida só estará a salvo se reatar o relacionamento com ele. Prints dessas mensagens, áudios com confissões, laudos médicos e outras provas foram anexadas ao processo judicial — mas, até agora, o acusado segue em liberdade.
Justiça falha e medo contínuo
A Justiça concedeu medida protetiva, mas negou os pedidos de prisão, mesmo com novos episódios de ameaças graves, incluindo a possibilidade de divulgação de vídeos íntimos. Segundo a vítima, o ex-companheiro se esconde com o apoio de uma rede que dificulta sua localização pela Justiça. Ele estaria trabalhando na Ceasa-RJ, mas não é encontrado pelos oficiais de Justiça.
“Minha morte, se ocorrer, não será suicídio. Será consequência de gritos de socorro que não foram ouvidos o suficiente”, declarou a mulher, que sofre de transtorno de ansiedade generalizada, comprovado por laudos médicos decorrentes do ciclo de violência e abuso.
BelfordRoxo24h reforça o alerta
O caso expõe não apenas a brutalidade de um agressor, mas também a omissão do sistema de Justiça, que mesmo diante de provas materiais, ainda prioriza a liberdade do acusado em detrimento da segurança da vítima.
Denúncias como essa precisam ser ouvidas e tratadas com urgência. A integridade física e psicológica de mulheres não pode mais ser ignorada.
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