A Zona Sudoeste do Rio de Janeiro foi oficialmente criada por lei sancionada em setembro de 2025. A nova delimitação territorial reúne 21 bairros, incluindo Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, totalizando cerca de 1,2 milhão de habitantes em uma área de aproximadamente 200 km².
A região se destaca pela força econômica: responde por uma arrecadação estimada em R$ 3,1 bilhões anuais em impostos municipais, como IPTU e ISS, tornando-se um dos principais polos de receita da cidade. Apesar da nova denominação, os bairros seguem dentro da Área de Planejamento 4 (AP-4), sem alteração na cobrança de tributos ou mudanças administrativas.
A criação da Zona Sudoeste foi discutida na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e aprovada em 14 de agosto de 2025, com 31 votos favoráveis, 2 contrários e 4 abstenções. O objetivo central era dar visibilidade e identidade própria a uma região que, segundo parlamentares, havia ficado “à deriva” desde a formalização da Zona Oeste em 2021.

A medida enfrentou alguma resistência. Parlamentares contrários alegaram que a fragmentação da cidade poderia gerar dificuldades de integração, mas a maioria entendeu que a oficialização da Zona Sudoeste traria maior clareza na definição territorial e política.
Os bairros que compõem a Zona Sudoeste têm origens diversas, mas compartilham um traço comum: o crescimento acelerado ao longo do século XX.
- Jacarepaguá foi, até meados do século passado, uma área rural de engenhos e fazendas, urbanizada de forma intensa nas décadas de 1960 e 1970, com grandes conjuntos habitacionais.
- Barra da Tijuca, planejada por Lúcio Costa nos anos 1960, transformou-se em símbolo de expansão urbana, marcada por condomínios fechados, shopping centers e avenidas largas.
- Recreio dos Bandeirantes e Vargens preservaram áreas verdes e praias, mas sofrem pressão imobiliária crescente.
- Comunidades como a Cidade de Deus e Rio das Pedras evidenciam a diversidade social e os contrastes internos da região.
Com os Jogos Olímpicos de 2016, o eixo Barra–Jacarepaguá consolidou-se como área estratégica, recebendo arenas esportivas, obras viárias e novos empreendimentos. Essa transformação fortaleceu a reivindicação por uma identidade territorial própria.
A arrecadação anual da Zona Sudoeste, estimada em R$ 3,1 bilhões, representa uma das maiores fatias do orçamento municipal. A receita vem principalmente do setor de serviços, comércio e imóveis de alto padrão na Barra da Tijuca, Recreio e Freguesia.
Essa força econômica gera expectativa entre moradores e lideranças locais para que mais recursos sejam reinvestidos em infraestrutura, transporte público, saúde, educação e saneamento. O reconhecimento oficial da Zona Sudoeste é visto como um passo importante para fortalecer as demandas por investimentos.
Com a criação da Zona Sudoeste, o mapa simbólico do Rio passa a contar com uma nova divisão: Zona Sul, Zona Norte, Zona Oeste e Zona Sudoeste. Embora não haja alteração imediata na gestão pública, o peso político da medida é relevante.
O reconhecimento atende a uma reivindicação de anos e cria um novo polo de representatividade. Vereadores e lideranças comunitárias passam a ter um território com nome próprio, o que pode influenciar futuras disputas eleitorais.
Para especialistas em urbanismo, a medida também tem efeito prático: facilitar o planejamento de políticas públicas e o direcionamento de recursos para uma região de grande crescimento populacional e importância econômica.
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