O casal Waguinho volta ao centro das atenções — e das críticas — em meio a investigações e decisões políticas que têm causado revolta em Belford Roxo, município que os elegeu e os projetou politicamente.
De um lado, o ex-prefeito Wagner Carneiro (Waguinho) é cotado pelo presidente Lula para assumir a presidência da estatal PortosRio, que administra o porto do Rio de Janeiro, um dos mais estratégicos do país. Do outro, ele está na mira da Polícia Federal e da Polícia Civil, acusado de envolvimento em esquemas de contratos fraudulentos de livros didáticos e desvio de quase R$ 15 milhões do instituto municipal de previdência (Previde). Atualmente, Waguinho é filiado ao partido Republicanos.
Enquanto isso, sua esposa, a deputada federal Daniela do Waguinho, é cobrada nas redes sociais após destinar R$ 600 mil em emenda parlamentar para Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. O valor já foi empenhado, liquidado e pago integralmente, conforme mostra documento oficial de 2025.
A pergunta que circula entre os moradores de Belford Roxo é direta:
“E a cidade que te elegeu, ficou de fora?”
A cobrança é reflexo do sentimento de abandono por parte dos eleitores, que esperavam ver investimentos e atenção parlamentar voltados para sua região — especialmente em tempos de crise nos serviços públicos.
A repercussão cresce com a aproximação das eleições de 2026, em um momento em que a base eleitoral da dupla se mostra cada vez mais crítica e vigilante.
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