Nesta quinta-feira, 14 de novembro, o vereador Markinho Gandra realizou um vídeo em frente à Prefeitura de Belford Roxo questionando o destino dos recursos repassados pela CEDAE, que totalizam mais de R$ 65 milhões. O repasse foi realizado em 12 de novembro de 2024, mas até o momento, o uso desses valores tem gerado dúvidas e preocupações quanto à sua destinação e à falta de transparência.
No vídeo, Gandra relata que, apesar do ponto facultativo decretado pelo prefeito na cidade, observou movimentação no prédio da prefeitura. O vereador destaca a presença do Secretário de Fazenda e de outros secretários, inclusive aqueles que estariam afastados de suas funções, o que levanta questionamentos sobre o que estaria acontecendo nos bastidores.
“O que queremos saber é qual o critério para estar gastando o dinheiro que foi depositado agora na semana passada pela CEDAE,” afirma o vereador em seu pronunciamento. Ele também questiona quais empresas estão sendo beneficiadas com esses recursos e ressalta a grave situação de calamidade pública que a cidade enfrenta, mencionando problemas com coleta de lixo, iluminação pública, falta de pagamento de funcionários e empresas terceirizadas, e atrasos nos laboratórios que realizam exames nos hospitais.
Gandra enfatiza a necessidade de clareza sobre o destino dos fundos da CEDAE, principalmente em um momento crítico para o município, onde serviços essenciais estão sendo prejudicados. “Queremos saber para onde está indo o dinheiro da CEDAE, senhor prefeito,” finaliza o vereador no vídeo, destacando que ele e seus colegas de Câmara continuarão atentos e em busca de respostas.
A Câmara Municipal de Belford Roxo já havia protocolado um pedido formal de informações ao Secretário Municipal de Planejamento e Orçamento, Abrão França Duarte, solicitando cópias dos empenhos emitidos para pagamentos de contratos dos últimos três meses, bem como os critérios utilizados para a alocação dos recursos recebidos. A solicitação inclui a dívida apontada pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), que chega a R$ 87 milhões, além de questionamentos sobre o uso desses recursos enquanto serviços básicos permanecem comprometidos.
A população de Belford Roxo se encontra apreensiva, pois o estado de calamidade atual na cidade evidencia problemas graves, como a ausência de coleta de lixo, postos de saúde fechados, dívidas com a Light, e o atraso no pagamento dos salários de servidores, incluindo contratados e comissionados. É imperativo que as autoridades deem uma resposta rápida e transparente, considerando o impacto direto na vida dos cidadãos.
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