O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi destituído do cargo pelo presidente Lula. A notícia foi confirmada por Prates a alguns de seus aliados mais próximos e membros de sua equipe, conforme apurado pela CNN.
Prates será sucedido por Magda Chambriard, conforme relatado por fontes próximas à direção da empresa. O nome da nova executiva foi oficialmente anunciado pela estatal.
Em comunicado, a Petrobras confirmou a saída de Prates após ele solicitar que o conselho de administração “se reúna para considerar o término antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras de forma negociada”.
“Além disso, o Sr. Jean Paul informou que, se e quando aprovado o término indicado, ele pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras”, afirma o comunicado.
Prates ocupava o cargo desde o início do governo Lula, em 2023.
Polêmica sobre dividendos
A saída ocorre aproximadamente um mês após rumores de demissão de Prates em meio a debates no governo sobre a distribuição de dividendos extraordinários referentes a 2023.
Na época, o nome do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, foi cogitado para assumir o comando da petroleira.
Em março, ao anunciar um lucro de R$ 124,6 bilhões em 2023, a Petrobras informou que o conselho de administração havia aprovado a distribuição de R$ 14,2 bilhões em dividendos.
A decisão teve repercussões negativas no mercado financeiro e evidenciou divergências entre o presidente e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Posteriormente, a decisão foi revisada e o conselho de administração da Petrobras aprovou no final do mês passado a distribuição de R$ 21,9 bilhões, correspondendo a 50% dos dividendos extraordinários.
A estatal registrou o segundo maior lucro de sua história no ano passado, o que possibilitaria o pagamento de dividendos extraordinários de R$ 43,9 bilhões, se 100% do montante fosse distribuído.
Inicialmente, em março, o conselho havia decidido reter 100% dos dividendos extras possíveis em uma reserva estatutária, expressando preocupações com a capacidade de investimento da empresa.
A aprovação dos 50% dos dividendos extras possíveis atendeu à recomendação da diretoria executiva da Petrobras, que desde o início defendeu esse percentual.
O valor restante do montante possível para dividendos extraordinários será destinado à reserva estatutária.
Também no final de abril, o presidente Lula afirmou que a Petrobras “nunca teve crise”.
“A crise da Petrobras é o fato de ela ser uma empresa muito grande”, disse ele em um café da manhã com jornalistas. “A Petrobras tem essa crise, uma crise de crescimento.”
“O fato de você ter um desentendimento, uma divergência, uma colocação equivocada, faz parte da existência do ser humano”, acrescentou. “A Petrobras está tranquila.”
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