O prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, conhecido como Waguinho (Republicanos), foi condenado pela Justiça pela reativação da área conhecida como “Lixão de Babi”, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Alto Iguaçu, em 2017. A decisão judicial apontou que a reabertura dessa área causou uma degradação ambiental irreversível, colocando em evidência falhas significativas na gestão do prefeito.

A sentença, proferida pelo juiz Glauber Bitencourt Soares da Costa, determinou que Waguinho, o então secretário de Meio Ambiente, Flavio Francisco Gonçalves, e o próprio Município de Belford Roxo são responsáveis pelo dano ambiental. Todos terão que pagar uma indenização, cujo valor será calculado e revertido ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), como forma de compensação pelos danos causados. Apesar disso, a Justiça reconheceu que o impacto ambiental é irreversível.

O Ministério Público havia solicitado a condenação por improbidade administrativa, o que poderia comprometer futuras candidaturas de Waguinho. Contudo, o juiz considerou esse pedido improcedente. Mesmo assim, Waguinho e Flavio Gonçalves terão de arcar com as custas do processo, evidenciando a responsabilização pessoal por suas ações.

A condenação vem em um momento delicado para o prefeito, que já enfrenta um processo de impeachment aberto pela Câmara de Vereadores de Belford Roxo. Esse conjunto de acontecimentos abala a confiança da população e coloca em risco a continuidade de sua trajetória política, trazendo questionamentos sobre a eficácia de sua gestão.

A situação atual reforça que a gestão pública deve ser pautada pela responsabilidade e pelo cuidado com o meio ambiente. A condenação de Waguinho serve como um lembrete de que ações que impactam negativamente a população e o meio ambiente terão consequências.

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