Os preços dos alimentos nos lares brasileiros estão em constante ascensão, ultrapassando os índices de inflação desde outubro do ano passado. Apenas nos dois primeiros meses de 2024, a elevação atingiu 2,95%, mais que o dobro do IPCA, que registrou 1,25% no mesmo período.
Essa alta significativa reflete-se em itens essenciais da dieta nacional, como cebola, batata-inglesa, frutas, arroz e leite longa vida. Destaque-se que o preço da batata-inglesa já subiu impressionantes 38,24%, enquanto o da cenoura disparou 56,99% desde o início do ano.
André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, atribui esse aumento aos impactos climáticos desde o ano passado, especialmente devido ao El Niño, que resultou em ondas de calor e volumes de chuva acima do normal. Embora haja sinais de desaceleração, os alimentos continuam encarecendo.
Itens básicos como cenoura, batata-inglesa, banana prata, feijão carioca, feijão preto e arroz já apresentam altas superiores a 10% em 2024, demonstrando um desafio adicional para o orçamento familiar.
Apesar do aumento recente, é importante ressaltar que os preços ainda não alcançaram os picos observados em julho de 2022, quando a alta atingiu 17,5% em 12 meses. Em fevereiro de 2024, a alta anualizada dos alimentos ficou em 1,77%.
A escalada dos preços dos alimentos representa uma pressão adicional sobre a economia doméstica, demandando maior atenção por parte dos consumidores e políticas adequadas por parte das autoridades para mitigar seus impactos.