Desvalorização do real e falta de estratégia impedem crescimento sustentável, deixando o país atrás do Canadá
O Brasil caiu da 9ª para a 10ª posição entre as maiores economias globais, segundo ranking da Austin Rating, encerrando 2024 atrás do Canadá. Apesar de um crescimento de 3,4% no Produto Interno Bruto (PIB), a desvalorização do real e a instabilidade econômica foram determinantes para essa queda no cenário global.
Moeda fraca e política econômica instável freiam avanço
O principal fator que comprometeu o desempenho brasileiro foi a desvalorização do real, que fez o dólar encerrar o ano cotado a R$ 6,179, uma alta de 27%. Isso impactou diretamente a conversão do PIB nacional para dólares, reduzindo sua relevância no ranking mundial.
A política econômica adotada pelo governo não foi suficiente para conter os impactos da inflação e da volatilidade cambial. A falta de medidas efetivas para fortalecer a moeda e estimular investimentos internos contribuiu para que o Brasil perdesse a 9ª posição para o Canadá, que teve um crescimento modesto de 1,6%, mas manteve um câmbio estável e um ambiente econômico mais previsível.
O crescimento brasileiro de 3,4% ficou abaixo da expectativa de 3,5% prevista pelo governo e pelo mercado. No cenário internacional, o país ocupou apenas a 19ª posição no ranking de crescimento econômico, ficando ao lado da Nigéria, um reflexo da dificuldade em impulsionar a economia de forma consistente.
No quarto trimestre, a economia brasileira registrou um avanço pífio de 0,2%, dividindo a 17ª colocação mundial com Suíça e Bélgica, o que reforça a estagnação da economia no final do ano.
Setores produtivos e falta de estratégia
O desempenho do PIB foi sustentado pelos setores de serviços (+3,7%) e indústria (+3,3%), mas a agropecuária amargou uma queda de 3,2% devido a problemas climáticos e falta de incentivos estratégicos para o setor. A ausência de investimentos robustos e a baixa competitividade industrial dificultaram um crescimento sustentável.
No total, o PIB brasileiro somou R$ 11,7 trilhões, enquanto o PIB per capita chegou a R$ 55.247,45, um aumento real de apenas 3% em relação ao ano anterior.
Crescimento sem impacto real e perda de competitividade global
Embora os números mostrem um crescimento, o avanço do Brasil não se refletiu em ganhos reais para a população. O custo de vida aumentou, a inflação corroeu salários e a instabilidade cambial afastou investidores. O Brasil segue sendo um dos países com maior carga tributária e complexidade burocrática, fatores que travam ainda mais o desenvolvimento econômico.
A perda de posição no ranking global acende um alerta para 2025: sem reformas estruturais e políticas econômicas mais eficazes, o Brasil pode continuar perdendo espaço no cenário mundial. A valorização da moeda, o estímulo à indústria e a atração de investimentos precisam ser prioridades para reverter esse cenário de fragilidade econômica.
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