Quem passa pela Rodovia Presidente Dutra, especialmente no trecho entre São João de Meriti e Belford Roxo, tem notado um volume intenso de obras: máquinas, operários, interdições e desvio de trânsito. Nas redes sociais, muitos moradores têm perguntado se essas obras fazem parte da tão falada TransBaixada. A dúvida é comum, mas a resposta é direta: não. As intervenções que estão em andamento atualmente não fazem parte do projeto da TransBaixada, mas sim de um outro conjunto de melhorias promovido pela concessionária que administra a via. Vamos aos detalhes.
O que é a TransBaixada?
A TransBaixada é um projeto viário idealizado para criar um novo corredor de mobilidade urbana na Baixada Fluminense. O plano prevê a construção de uma via expressa com cerca de 27 km de extensão, que ligaria a Rodovia Washington Luiz (BR-040) à Rodovia Presidente Dutra (BR-116), margeando o Rio Sarapuí.
Essa via contaria com pistas duplas em ambos os sentidos, ciclovias, alças de acesso e até um parque linear com função de controle de enchentes. O objetivo é oferecer uma alternativa de tráfego para os motoristas que hoje enfrentam congestionamentos dentro das cidades, melhorando a mobilidade entre Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo e outros municípios da região.
Apesar da importância e da ampla divulgação feita nos últimos anos, a TransBaixada ainda não saiu do papel. Até o momento, o Governo do Estado realizou audiências públicas e apresentou estudos técnicos, mas não há obras em andamento. A expectativa é que a licitação do primeiro trecho, com cerca de 12 km, ocorra nos próximos meses, mas ainda sem data definida.
O que está sendo feito na Dutra?
Enquanto a TransBaixada aguarda licitação, o que já está em execução é um conjunto de melhorias viárias na Rodovia Presidente Dutra, administrada pela concessionária CCR RioSP. Essas obras fazem parte do contrato de concessão firmado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e são totalmente independentes do projeto TransBaixada.
Entre os principais trechos em obras estão:
- Duplicação da Serra das Araras: Uma das maiores intervenções do contrato, com investimento de R$ 1,5 bilhão, criando uma nova pista com oito faixas no total (quatro para subida e quatro para descida), acostamentos e estruturas modernas. A previsão de entrega da nova pista de subida é para 2028.
- Trecho entre o Trevo das Margaridas e Seropédica: Está recebendo mais de 35 km de faixas adicionais, 70 km de vias marginais, 20 novas passarelas e um ponto de parada para caminhoneiros. O investimento neste segmento é de aproximadamente R$ 795 milhões.
Essas intervenções têm como objetivo melhorar o fluxo de veículos, aumentar a segurança e garantir mais conforto aos usuários da BR-116, principalmente nos trechos urbanos da Baixada Fluminense, onde há grande concentração de moradores, escolas, comércio e transporte público.
Por que tanta gente confunde as duas obras?
O ponto de confusão entre os dois projetos é geográfico e visual. A TransBaixada, quando for construída, deverá se conectar à Rodovia Dutra exatamente na região onde hoje ocorrem as obras de ampliação das faixas. Essa sobreposição de locais, aliada à falta de comunicação visual clara nos canteiros de obras, tem feito muitos moradores acreditarem que a TransBaixada já começou.
Além disso, ambos os projetos prometem benefícios semelhantes: mais fluidez no trânsito, redução de engarrafamentos e estímulo ao desenvolvimento regional. No entanto, a origem dos investimentos e os objetivos estruturais são diferentes.
O que muda para Belford Roxo e cidades vizinhas?
Para os moradores da Baixada Fluminense, as duas iniciativas — embora distintas — têm potencial de transformar a rotina urbana. As obras já em execução na Dutra estão proporcionando alívio imediato ao tráfego, com novas faixas, passarelas, vias marginais e melhorias no acesso local. Essas ações têm impacto direto no dia a dia de quem depende da rodovia para trabalhar, estudar ou circular entre os bairros.
Já a TransBaixada, quando efetivamente sair do papel, poderá representar uma revolução na mobilidade urbana da região. Além de oferecer uma nova rota expressa, ela promete trazer ciclovias, acessos modernos e um parque linear que também funcionaria como área de contenção de cheias, ajudando a prevenir alagamentos históricos em bairros cortados pelo Rio Sarapuí.
Enquanto isso, Belford Roxo, São João de Meriti e cidades próximas continuam colhendo os frutos das obras já contratadas, ao mesmo tempo em que aguardam a concretização da TransBaixada como solução estrutural de longo prazo.
Como acompanhar os próximos passos?
Para saber mais sobre as obras em andamento na Dutra, os moradores podem acessar o perfil oficial da CCR RioSP nas redes sociais ou entrar em contato pelo telefone 0800-017-3536. Já no caso da TransBaixada, é preciso acompanhar os canais oficiais do Governo do Estado, como os sites do DER-RJ, EMOP e o Diário Oficial, onde serão publicados os editais de licitação e novas audiências públicas.
Perguntas Frequentes (FAQ)
A TransBaixada já começou?
Não. A TransBaixada ainda está em fase de planejamento e depende da licitação do Governo do Estado. Até o momento, não há obras em execução.
As obras na Dutra são parte da TransBaixada?
Não. As intervenções atuais na Rodovia Presidente Dutra são realizadas pela concessionária CCR RioSP e fazem parte do contrato com a ANTT, sem ligação com a TransBaixada.
Qual o impacto dessas obras para Belford Roxo?
As obras na Dutra trazem melhorias imediatas no tráfego, com faixas adicionais, novas passarelas e segurança. Já a TransBaixada, se construída, poderá revolucionar a mobilidade de longo prazo.
Quem está investindo nas obras da Dutra?
A CCR RioSP, concessionária responsável pela BR-116, está executando as obras com recursos próprios e sob fiscalização da ANTT.
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