O jornalista e escritor Sérgio Cabral faleceu hoje aos 87 anos no Rio de Janeiro. Cabral, que havia sido diagnosticado com Mal de Alzheimer em 2014, estava enfrentando problemas de saúde e em maio deste ano pediu orações para seu pai, que se encontrava hospitalizado.
Nascido em Cascadura, na zona norte do Rio, Sérgio Cabral iniciou sua carreira em 1957 como repórter policial no ‘Diário da Noite’. Em 1969, co-fundou o semanário ‘O Pasquim’, que se tornou um importante veículo de oposição ao regime militar. Sua atuação como ativista durante a ditadura levou a uma prisão temporária.
Além do trabalho no jornalismo, Cabral escreveu mais de 20 livros, com destaque para as biografias de figuras como Pixinguinha, Nara Leão, Ary Barroso e Tom Jobim. Seu livro ‘As Escolas de Samba do Rio de Janeiro’, lançado em 1974, é considerado uma obra fundamental para a história do Carnaval carioca.
Cabral também era compositor e trabalhou com Rildo Hora, criando letras para músicas como ‘Velha-Guarda da Portela’, ‘Os Meninos de Mangueira’ e ‘Janelas Azuis’.
Na política, Sérgio Cabral foi vereador do Rio de Janeiro por três mandatos entre 1983 e 1993 e atuou como conselheiro do Tribunal de Contas do Município até sua aposentadoria compulsória em maio de 2007, aos 70 anos. Seu legado no jornalismo, na literatura e na cultura brasileira será lembrado por muitos.