A Baixada Fluminense lidera o triste ranking de roubos de carga no estado do Rio de Janeiro, segundo estudo recente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Divulgado nesta sexta-feira, o levantamento aponta que 52,5% das ocorrências do crime ocorreram na região em 2024, gerando um prejuízo estimado em R$ 325 milhões.
Aumento após seis anos de queda O estudo, intitulado “Panorama do roubo de carga no Rio de Janeiro”, utilizou dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) e revelou que 3.438 roubos de carga foram registrados no ano passado. O número representa um aumento de 6,6% em relação a 2023, quebrando uma sequência de seis anos de redução nos índices.
A grande maioria, 99% das ocorrências, foi registrada na Região Metropolitana do Rio. As principais rodovias fluminenses continuam sendo alvos frequentes, como a BR-040 (Rodovia Washington Luís), BR-101 (Avenida Brasil e Rio-Espírito Santo), BR-116 (Rodovia Presidente Dutra) e BR-493 (Arco Metropolitano). Destaca-se o aumento de 14% nos roubos nas proximidades da BR-040.
Impacto econômico e na segurança Para Roberto Leverone, presidente da Firjan Caxias e Região, esse cenário representa uma ameaça direta à economia fluminense:
— É uma área de grande influência para a economia do estado e esse cenário impacta diretamente na atividade industrial e, consequentemente, na sociedade como um todo. É cada vez mais urgente a aplicação de medidas que intensifiquem a vigilância e o policiamento ostensivo, além de fortalecer os agentes da Segurança Pública com tecnologia e investimentos para combater os receptadores e o comércio de produtos roubados.
Belford Roxo entre as áreas mais afetadas Dentre as Circunscrições Integradas de Segurança Pública (Cisps) com mais registros em 2024, a 54ª DP (Belford Roxo) aparece com 179 casos. Outras delegacias que lideram o ranking incluem a 60ª DP (Campos Elíseos) com 350 casos, a 59ª DP (Duque de Caxias) com 308 casos, a 21ª DP (Bonsucesso) com 305 casos, e a 38ª DP (Brás de Pina) com 222 casos.
O gerente de Infraestrutura da Firjan, Isaque Ouverney, destacou os custos indiretos para as empresas, que vão além das perdas materiais:
— As empresas têm custos adicionais com segurança privada e seguros. As ações integradas das forças de segurança precisam ser intensificadas para combater o roubo de carga. Além disso, os municípios precisam adotar medidas para inibir o mercado ilegal de produtos, promovendo o desenvolvimento econômico das cidades e do estado.
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