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Leitura rápida, piadas, vídeo de Bolsonaro: as indiretas dos ministros do STF a Luiz Fux | Política

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O terceiro dia de leitura de votos dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou a formação de maioria para condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus no processo que trata da trama golpista.

Não faltaram, porém, indiretas — e alfinetadas — a Luiz Fux, que acolheu teses da defesa dos réus e votou, em um discurso de 13 horas, pela absolvição de Bolsonaro no dia anterior.

A sessão de quarta-feira (10), marcada de 9h às 12h, foi até quase 23h. Por conta disso, a sessão desta quinta (11) começou às 14h com o voto da ministra Cármen Lúcia.

As indiretas a Fux começaram tão logo Cármen iniciou seu discurso. Ela deixou claro aos colegas e aos presentes que, mesmo que tenha redigido um voto de 396 páginas, não as leria em respeito ao tribunal e faria uma “leitura rapidíssima”. Fux leu seu voto na íntegra, com 430 páginas.

  • Cármen Lúcia faz dobradinha com Dino em indiretas a Fux

Além disso, Cármen salientou que iria “votar como sempre votou”, mantendo sua posição sobre a competência do STF para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro e os outros sete réus. “Sempre votei do mesmo jeito. Sempre entendi que a competência era do STF. Não há de novo para mim. Vou votar do mesmo jeito que sempre votei”, disse.

No dia anterior, Fux divergiu do relator e defendeu a “incompetência absoluta” do STF para processar o caso, alterando seu próprio entendimento em outros processos dos réus pela trama golpista.

  • Entenda por que Bolsonaro está sendo julgado na Primeira Turma do STF, e não no Plenário 

Outra polêmica do dia anterior foi acerca de pedidos de apartes, que nada mais são que interrupções autorizadas de um ministro durante o voto de outro. Na quarta, Fux deixou claro que não queria ser interrompido pelos colegas — o que teria sido combinado previamente.

Assista: Moraes e Fux divergem sobre apartes no julgamento de Bolsonaro

Ao ter fala solicitada por Flávio Dino, Cármen Lúcia respondeu que concederia “todos os pedidos, como consta no regimento”. Eles seguiram fazendo comentários amigáveis entre si, provocando risadas dos presentes. “Eu concedo o aparte, porque o debate faz parte dos julgamentos”, afirmou a ministra.

Vídeo de Bolsonaro exibido no julgamento

Alexandre de Moraes foi outro que pediu aparte para Cármen Lúcia, para reforçar que os atos de 8 de janeiro de 2023 não foram “um passeio no parque”, mas sim o ato de uma organização criminosa. Sob o argumento de que “uma imagem vale mais que mil palavras”, ele exibiu um video da manifestação de 7 de setembro de 2021, na Avenida Paulista, em São Paulo, em que o então presidente Jair Bolsonaro afirmou:

“Temos um ministro dentro do Supremo que ousa continuar fazendo aquilo que nós não admitimos. Logo, um ministro que deveria zelar pela nossa liberdade, pela democracia e pela constituição faz exatamente o contrário. Ou esse ministro se enquadra, ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas, turve a nossa democracia e ameace a nossa liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir. Tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Ou melhor, acabou o tempo dele. Sai Alexandre de Moraes! Deixa de ser canalha! Deixa de oprimir o povo brasileiro!”

Moraes reproduz vídeo das armas usadas para atacar Praça dos Três Poderes

Moraes reproduz vídeo das armas usadas para atacar Praça dos Três Poderes

Tecnologia ajuda andamento do processo

Outra das indiretas aos pontos levantados por Fux no dia anterior foi sobre o rápido andamento do processo da trama golpista. Fux questionou o “rápido andamento do processo”, que levou 161 dias entre o recebimento da denúncia e o início do julgamento. “Estou há 14 anos no STF e julguei processos complexos, como o Mensalão. O processo levou dois anos para receber a denúncia e cinco anos para ser julgado”, disse.

Nesta quinta, Cármen, sem citar Fux, rebateu as críticas. Ela ressaltou que, apesar do volume de documentos, a tecnologia ajuda na análise do processo. “Não dá para ficar comparando o alongado de outros, porque nós temos outras possibilidades e para a isso é tecnologia é sempre bem-vinda”, declarou.

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