Belford Roxo, 16 de julho de 2025 – A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, em São Pedro da Aldeia (Região dos Lagos), Jefferson Damázio Luqueti, 33 anos, o “Kim do Babi”, apontado como líder da milícia que extorquia moradores e comerciantes de Belford Roxo. A captura foi realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO) com apoio da 54.ª DP e da Polícia Militar, após meses de monitoramento de inteligência.
Quem é Kim do Babi
Nascido em Natividade (RJ) em 27/09/1991, Kim ganhou fama na Baixada Fluminense por sua postura violenta e pelo controle rígido que exercia sobre o bairro Jardim Babi e regiões vizinhas. No cartaz do Disque-Denúncia, ele aparecia classificado como “alta periculosidade”, com recompensa de R$ 10 mil por informações que levassem à prisão. Contra ele havia dois mandados de prisão – um da 1.ª Vara Criminal de Belford Roxo (extorsão) e outro da 3.ª Vara Especializada em Organização Criminosa.
Descrito por investigadores como um homem de perfil discreto, quase sempre trajando roupas escuras e comunicando-se por rádio, Kim evitava exposição em redes sociais, mas fazia questão de ser visto armado quando circulava pela comunidade – um “símbolo de status” que intimidava qualquer resistência.
Como funcionava o “home office do crime”
Depois que a DRACO intensificou operações na Baixada, Kim mudou-se para uma casa de veraneio em São Pedro da Aldeia. De lá, comandava a milícia por chamadas de vídeo e grupos de mensagem, orientando cobranças, punições e a distribuição de armas. Policiais batizaram o esquema de “home office do crime”: mesmo longe, ele determinava quem podia abrir ou fechar o comércio, estipulava “taxas de segurança” e ordenava retaliações a quem se recusasse a pagar.
Principais crimes atribuídos ao grupo
- Extorsão sistemática: comerciantes pagavam de R$ 50 a R$ 800 semanais para funcionar sem sofrer represálias.
- Milícia armada: homens de confiança de Kim patrulhavam ruas, barravam viaturas e controlavam o transporte alternativo.
- Coação eleitoral: nas eleições de 2023, moradores relataram pressões para votar em candidatos apoiados pela quadrilha.
- Ameaças e violência física: expulsão de famílias, espancamentos e disparos de advertência eram usados para impor medo.
- Lavagem de dinheiro: parcela da arrecadação era escoada em empresas de fachada e imóveis registrados em laranjas.
A operação que levou à captura
Agentes da DRACO rastrearam transações de telefone e movimentações bancárias até chegar ao esconderijo. Na manhã desta quarta-feira, equipes cercaram o imóvel e cumpriram os dois mandados de prisão. Kim não reagiu. Imediatamente, foi levado à Cidade da Polícia, onde prestou depoimento. A DRACO agora investiga a cadeia financeira da milícia e busca outros integrantes que permanecem foragidos.
Repercussão e próximos passos
Nas redes sociais, o prefeito Márcio Canella celebrou: “Belford Roxo não será refém de bandido nenhum.” Ele parabenizou o delegado Álvaro Lopes, titular da DRACO, e o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, pelo desfecho. Moradores também comemoraram, relatando sensação de alívio depois de anos de medo.
A Polícia Civil mantém diligências para identificar laranjas e bloquear bens adquiridos com dinheiro de extorsão. O Ministério Público estuda oferecer nova denúncia por lavagem de capitais e formação de milícia privada.
Impacto imediato: comerciantes já informam queda nas cobranças e maior circulação de viaturas na região; o setor de inteligência acredita que a prisão de Kim desarticula 80 % da arrecadação do grupo.
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