Neurocientistas da Western University publicaram os resultados do estudo “Cérebro e Corpo”
Um estudo recente realizado no Canadá aponta que jogar videogame pode contribuir para um cérebro mais jovem, ao menos em algumas funções cognitivas. Segundo a pesquisa conduzida pela Western University, pessoas que jogam videogame por pelo menos cinco horas por semana apresentam um desempenho cognitivo equivalente ao de cérebros 14 anos mais jovens.
O estudo, intitulado “Cérebro e Corpo” (“The Brain and Body”), contou com a participação de 2.000 pessoas ao redor do mundo e foi apresentado no Manchester Science Festival, na Inglaterra, em outubro deste ano. Os participantes responderam a um questionário detalhado sobre seus hábitos de vida e, em seguida, participaram de jogos mentais para medir capacidades como atenção, memória, raciocínio e habilidades verbais.
O objetivo da pesquisa foi associar os hábitos de vida dos participantes com os resultados desses testes cognitivos, realizados em formato de jogos. Uma das principais descobertas foi que os jogadores regulares tendem a ter habilidades cognitivas comparáveis às de pessoas mais jovens. Mesmo aqueles que jogam menos de cinco horas semanais apresentam benefícios, com um “rejuvenescimento” cognitivo equivalente a 5,2 anos.
Os Benefícios dos Videogames para o Cérebro
De acordo com os neurocientistas, atividades que exigem um alto grau de coordenação motora e desafios mentais, como jogos de videogame e quebra-cabeças, podem melhorar nossa capacidade de resolver problemas. O professor Adrian Owen, em uma publicação preliminar no PsyArXiv, comentou que ficou surpreso ao observar que os videogames trazem melhorias na cognição, enquanto o exercício regular não teve o mesmo impacto.
Os tipos de jogos analisados, segundo Owen, são muito diferentes dos populares jogos de treinamento cerebral. Games estratégicos, por exemplo, são capazes de melhorar a atenção visual, a velocidade de processamento de informação e as habilidades de resolução de problemas por meio de repetição e prática intensiva.
Saúde Mental: Benefícios e Limites
Entretanto, a pesquisa também destacou que os benefícios dos videogames não se aplicam à saúde mental. Apesar de melhorar as capacidades cognitivas, os videogames não apresentam impacto significativo na melhoria da saúde mental, diferentemente da atividade física. O estudo sugere que as atividades físicas e o videogame se complementam, ou seja, o ideal é que ambas sejam combinadas para se obter o máximo de benefícios tanto para o cérebro quanto para o corpo.
A pesquisa também mostrou que os participantes que praticam pelo menos 150 minutos de atividade física semanal têm 12% mais chances de não apresentarem sintomas de depressão e 9% mais chances de não se sentirem ansiosos. Mesmo que os cientistas da Western University discordem parcialmente da Organização Mundial da Saúde sobre os impactos cognitivos do exercício, eles reconhecem a importância da atividade física no bem-estar geral.
Cuidado com o Excesso
Vale lembrar que o excesso de tempo em frente às telas pode ter efeitos negativos. Segundo os pesquisadores, desajustes entre nossos ritmos naturais e sociais podem gerar estresse, fadiga e dificuldade de adaptação, levando ao isolamento e problemas de conexão com outras pessoas.
Para uma saúde plena, é importante manter um equilíbrio entre os jogos, o tempo de tela e as atividades físicas. Assim, é possível aproveitar o melhor dos dois mundos – tanto para a saúde mental quanto para a física.
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