Belford Roxo – RJ | Há exatos 30 anos, Belford Roxo perdia seu primeiro prefeito eleito, Jorge Júlio Costa dos Santos, o popular Joca, vítima de um atentado que até hoje levanta dúvidas e debates. A data foi lembrada com emoção pela ex-vice-prefeita e ex-deputada estadual Sula do Carmo, que publicou uma foto histórica ao lado de Joca, reacendendo nas redes sociais o debate sobre memória, identidade e legado político do município.

A publicação já soma milhares de interações e destaca uma mensagem forte: “Ele governou com o coração e fez história por sua simplicidade, firmeza e visão de futuro”, escreveu Sula. A imagem, rara, mostra um momento de proximidade entre ambos, simbolizando uma era em que Belford Roxo começava a traçar seus próprios caminhos após a emancipação de Nova Iguaçu.
Joca: o homem que colocou Belford Roxo no mapa
Joca foi eleito prefeito em 1992 e assumiu a administração municipal no dia 1º de janeiro de 1993. Em apenas dois anos de mandato, deu início à estruturação da nova cidade, criou os primeiros símbolos oficiais (como o coração estilizado e o hino de Belford Roxo), iniciou obras estratégicas e marcou sua gestão pelo contato direto com a população.
Sua trajetória foi interrompida em 20 de junho de 1995, quando foi assassinado a caminho de uma reunião no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro. O caso teve forte repercussão e, embora tenha resultado na condenação de um suspeito, continua envolto em teorias e especulações sobre motivação política.
Em sua homenagem, o Hospital Municipal da cidade foi batizado com seu nome – Hospital Municipal Jorge Júlio Costa dos Santos – e uma estátua foi erguida na Praça Getúlio Vargas, no Centro da cidade.
Sula do Carmo: o legado continua vivo
Pedagoga, servidora pública e política com longa trajetória, Sulamita do Carmo iniciou sua carreira política ao lado de Joca, na área da assistência social. Com forte atuação nas comunidades, foi vice-prefeita e deputada estadual por dois mandatos. Ao longo de sua carreira, reivindicou projetos importantes para Belford Roxo, como a construção do Fórum da cidade e o reforço na segurança pública com a instalação do 39º BPM.
Na postagem que viralizou, Sula destacou que “três décadas se passaram, mas sua memória permanece viva entre nós. Sua vida continua sendo inspiração para todos os que servem ao bem comum”.
A importância da memória política em Belford Roxo
Pesquisas recentes indicam que mais da metade dos jovens entre 16 e 24 anos não conhecem a história de Joca, apesar de conviverem diariamente com espaços que levam seu nome. Esse apagamento histórico preocupa historiadores e líderes locais, que defendem a valorização da memória municipal como ferramenta de identidade e cidadania.
A data da morte de Joca chegou a ser decretada feriado municipal por meio da Lei nº 571/1997, mas foi revogada em 2017, gerando polêmica entre antigos moradores e familiares.
Próximos passos: memorial e projetos culturais
Para marcar os 30 anos da perda de Joca, a Secretaria Municipal de Cultura estuda criar um Memorial Joca, com documentos, fotos e depoimentos sobre sua trajetória. Sula do Carmo já declarou apoio à iniciativa e informou que irá contribuir com arquivos pessoais e relatos da época.
Também há articulações na Câmara Municipal para a realização de uma audiência pública que discuta a criação de um Dia da Memória Municipal e a possível reinstauração do feriado.
Conclusão
Relembrar Joca é revisitar a origem de Belford Roxo como cidade autônoma. A homenagem feita por Sula do Carmo transcende a memória individual e reabre uma pauta fundamental: a construção de uma identidade coletiva baseada no respeito à história, à democracia e ao compromisso com o povo.
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