Inquérito Aberto para Investigar Falhas nos Serviços de Saúde Pública em Belford Roxo
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou hoje que está investigando a gestão dos serviços públicos de saúde e assistência social em Belford Roxo. A Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo local instaurou um inquérito para examinar possíveis irregularidades, incluindo a conduta da Prefeitura e questões de improbidade administrativa.
Essa medida foi tomada após a decisão do prefeito Wagner Carneiro, conhecido como Waguinho, de decretar ponto facultativo, resultando no fechamento de postos de saúde e escolas. Há relatos de que essa ação foi realizada para garantir a presença de funcionários em um evento político com o prefeito e o ex-presidente Lula.
Funcionários da prefeitura afirmaram terem sido pressionados e ameaçados de perder seus cargos caso não comparecessem ao evento. O decreto de ponto facultativo deixou a população sem acesso aos serviços essenciais oferecidos pelos postos de saúde e escolas municipais.
Além disso, a paralisação afetou a emissão de certidões de ocorrência, necessárias para obter assistência após desastres naturais. O vereador Marquinhos Gandra anunciou que irá solicitar ao Ministério Público uma investigação sobre o caso após o período de carnaval.
Houve relatos de que os funcionários foram coagidos a comparecer ao evento sob ameaça de demissão, e áudios de reuniões com diretores de escolas circularam nas redes sociais confirmando essa pressão.
Apesar das alegações da Prefeitura de que os funcionários compareceram ao evento voluntariamente, há evidências de que muitos se sentiram obrigados a participar. A situação gerou críticas e indignação por parte dos moradores, que enfrentam dificuldades para acessar serviços básicos e receber assistência após as chuvas.
A Prefeitura de Belford Roxo negou as acusações de coação e afirmou que as unidades de saúde de emergência funcionaram normalmente durante o período de ponto facultativo. No entanto, as denúncias continuam sendo investigadas para esclarecer a situação.
Os moradores afetados pelas chuvas expressaram frustração com a falta de atendimento adequado da Defesa Civil e a dificuldade de obterem os documentos necessários para receberem assistência governamental.
O caso está em andamento e novas informações serão divulgadas assim que disponíveis.