Grupo de milicianos encapuzados invadiu o centro cirúrgico, mas não encontrou a vítima, que havia sido transferida para outra área do hospital
Na madrugada desta quinta-feira (18), por volta das 2h30, oito homens armados com fuzis e pistolas invadiram o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro, com o objetivo de assassinar um paciente internado após ser baleado no dia anterior.
De acordo com a Polícia Civil, os invasores eram milicianos encapuzados, que renderam vigilantes na garagem e entraram com dois veículos. O alvo era Lucas Fernandes de Souza, 31 anos, que havia levado nove tiros em uma emboscada na quarta-feira (17). Os criminosos acreditavam que ele ainda estivesse no centro cirúrgico, mas Lucas já havia sido transferido para a enfermaria e, posteriormente, removido para outra unidade de saúde sob escolta policial.
📹 Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que os suspeitos entram no hospital. Nenhum paciente ou funcionário ficou ferido durante a invasão.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, ao menos um dos invasores já foi identificado — o mesmo homem que teria participado do atentado a Lucas. Há indícios de que ele retornou ao hospital para “concluir a execução”. A 36ª DP (Santa Cruz), com apoio da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), conduz as investigações.
A Prefeitura do Rio informou que a Polícia Militar reforçou o policiamento nas unidades de saúde e que o paciente segue sob proteção. O prefeito Eduardo Paes (PSD) cobrou uma ação mais firme do governo estadual:
“Precisamos que haja um comando claro do governo do estado. Essa gente tem que saber que não pode fazer o que fizeram”, disse Paes.
A Secretaria Municipal de Saúde ainda destacou que, somente em 2025, já ocorreram mais de 500 suspensões de atendimento em unidades de saúde por questões de segurança — número contestado pelo governo estadual, que afirma que os registros oficiais são menores.
O episódio evidencia mais uma vez a força da milícia na Zona Oeste do Rio, onde Santa Cruz é um dos principais redutos desse tipo de organização criminosa. O hospital invadido fica a apenas 200 metros de uma unidade do Exército e a 1,8 km da Base Aérea de Santa Cruz.
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