A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu Aldo Fabiano Angelotti, de 43 anos, na última quinta-feira (5), no Bairro São Jorge, em Uberlândia. Ele é acusado de planejar e executar a morte da esposa, Maria Cláudia Santos Freitas, de 44 anos, para receber cerca de R$ 1 milhão de seguro de vida. A investigação revelou que o acidente de carro, ocorrido em agosto deste ano, foi premeditado desde o início de 2024.
Segundo as autoridades, o crime envolveu um acidente forjado. Aldo teria desativado o airbag do lado da passageira e escolhido uma árvore robusta para colidir o veículo, que havia sido alugado no nome de Maria Cláudia. No dia 30 de agosto, o carro foi jogado contra a árvore em uma avenida no Bairro Laranjeiras. A vítima, que estava sem cinto de segurança, morreu no local, enquanto Aldo sofreu ferimentos leves e foi levado ao hospital.
Cronologia do crime, segundo a investigação
- Outubro de 2023: Maria Cláudia registrou um boletim de ocorrência contra Aldo por ameaça de morte, mas não pediu medida protetiva.
- Janeiro de 2024: Após um período de separação, o casal reatou o relacionamento. A polícia acredita que Aldo buscou a reconciliação já com a intenção de planejar o crime.
- Abril de 2024: Aldo alugou o carro em nome da esposa, escolhendo o modelo e a marca.
- Agosto de 2024: Apólices de seguro de vida foram contratadas, sendo uma delas no valor de R$ 1 milhão, com Aldo como beneficiário.
Dia do acidente:
- 30 de agosto: O carro foi jogado contra a árvore por Aldo. Apesar de alegar que o sol teria atrapalhado sua visão, a perícia apontou que as condições da via eram boas e que o sol não estava a pino. Não havia marcas de frenagem no local, e o velocímetro travou em 60 km/h, numa via com limite de 40 km/h. O airbag do lado de Maria Cláudia estava desativado, o que impediu sua proteção.
- Após o acidente: Peritos confirmaram que Aldo sabia da desativação do airbag, pois o painel do veículo alertava sobre o status do dispositivo.
Prisão e julgamento:
- 5 de dezembro: Aldo foi preso em casa. Em depoimento, ele negou as acusações, alegando que foi um acidente. Ainda assim, a polícia afirma que há provas robustas de que se trata de um feminicídio motivado por interesses financeiros.
Conclusão do caso
O delegado Eduardo Leal declarou que a polícia não tem dúvidas de que o crime foi premeditado:
“O indivíduo ceifou a vida da vítima para obter vantagem financeira. Não se trata de um acidente, mas de um feminicídio planejado.”
Maria Cláudia deixa três filhos, que agora convivem com as consequências de um crime brutal planejado dentro de casa.
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