Prefeito de São João de Meriti é flagrado pela PRF com dinheiro vivo e placa irregular; aliados de Waguinho, ex-prefeito de Belford Roxo, ocupam cargos estratégicos na gestão meritiense.
O prefeito de São João de Meriti, Léo Vieira (Republicanos), foi detido na manhã desta terça-feira (25) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), após ser abordado com um carro cuja placa estava adulterada — diferente da que constava no documento oficial. No interior do veículo, a polícia encontrou cerca de R$ 100 mil em espécie.
Segundo a PRF, Léo Vieira justificou que não realiza transferências bancárias e que o valor seria utilizado para pagamentos. Já em depoimento na Polícia Federal de Nova Iguaçu, o prefeito apresentou documentos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que apontariam a placa como “reservada”, tentando afastar a acusação de irregularidade.
Apuração do BelfordRoxo24h revela presença de aliados de Waguinho na gestão meritiense
A equipe de jornalismo do BelfordRoxo24h apurou que o atual prefeito de Meriti conta com ex-integrantes da gestão do ex-prefeito Waguinho ocupando cargos de confiança em seu governo. Um dos nomes identificados é Simone Cruz da Silva, que atuava como secretária de Compras e Contratações Públicas em Belford Roxo, e agora ocupa o mesmo cargo em São João de Meriti.
Essas nomeações têm causado desconforto entre aliados de Léo Vieira e levantado suspeitas sobre a influência indireta de Waguinho na atual administração meritiense.


Waguinho mantém força nos bastidores do Republicanos
Apesar de ter deixado o cargo de prefeito de Belford Roxo no fim de 2024, Waguinho ainda é considerado uma figura central na política da Baixada Fluminense. Ele segue com forte influência no Republicanos, partido de Léo Vieira, e chegou a desmentir publicamente rumores de que teria sido afastado da presidência estadual da legenda. Segundo ele, continua “em plena sintonia” com a direção nacional do partido.
Waguinho também está sob investigação por transferências via Pix com verba do SUS nos últimos meses de sua gestão e teve suas contas reprovadas pela Câmara Municipal, o que o tornou inelegível por oito anos. Ainda assim, segue movimentando seus aliados em administrações vizinhas — estratégia política que estaria sendo reproduzida agora na prefeitura de Meriti.
Para o público de Belford Roxo, o caso desperta atenção pela repetição de práticas políticas e administrativas que geraram diversas denúncias no município nos últimos anos. A detenção de Léo Vieira é vista como um reflexo da continuidade de um mesmo modelo de gestão que se espalha pela Baixada Fluminense.
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