Risco de colapso estrutural expõe o abandono dos casarões históricos na região central do Rio
Um sobrado desabou na Rua Senador Pompeu, no Centro do Rio de Janeiro, na tarde desta quinta-feira (20 de março de 2025), resultando na morte de um homem que estava dentro de um carro atingido pelos escombros. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 13h29 e segue no local, buscando possíveis vítimas sob os destroços. A CET-Rio, a Guarda Municipal e a Light também foram mobilizadas.
O casarão possuía três andares e apresentava sinais de abandono há anos. Imagens do Google Street View mostram que desde 2010 o prédio estava em más condições, e em 2019, a vegetação cresceu sobre a estrutura, atingindo a fiação elétrica. O risco de novos desabamentos preocupa moradores e comerciantes da região.
Centro do Rio enfrenta crise estrutural
O incidente expõe um problema crônico na cidade: o risco de colapso em prédios antigos no Centro do Rio. Apenas em 2025, já foram registradas 748 solicitações de vistoria por ameaça de desabamento, sendo 63 apenas no Centro, segundo a Prefeitura. No ano passado, foram 3.283 chamados desse tipo.
Nos últimos meses, outros desabamentos ocorreram na região. No dia 8 de março, durante o Desfile das Campeãs do Carnaval, parte de um casarão na Avenida Mem de Sá, na Lapa, também ruiu.
Abandono dos casarões históricos no Rio de Janeiro
A deterioração estrutural se repete em diversos pontos do Centro do Rio. Edifícios históricos como o Palacete São Lourenço e o Palacete Imperial estão em situação precária. Na Rua Buenos Aires, uma antiga loja de artigos carnavalescos destruída por um incêndio há mais de 10 anos segue sem intervenção.
A Prefeitura informou que o sobrado que desabou já havia sido interditado anteriormente, mas a falta de ações efetivas reflete o descaso com o patrimônio histórico da cidade.
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Conclusão
O desabamento do sobrado na Rua Senador Pompeu reforça a urgência de ações preventivas para evitar novas tragédias. A falta de fiscalização e investimento na preservação de prédios históricos coloca a população em risco, principalmente nas regiões centrais da cidade. O caso reacende o debate sobre políticas públicas para conservação do patrimônio urbano e medidas para evitar novas perdas humanas.
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