Com mais de 1.000 inquéritos abertos só em 2024, a compra de votos e outras práticas ilícitas desafiam o poder público e ameaçam a integridade das eleições brasileiras.
A prática de compra de votos continua a assombrar o processo eleitoral brasileiro, quase 150 anos após o surgimento das primeiras denúncias de corrupção eleitoral no país. A recente prisão de Dinho Resenha, candidato a vereador no Rio de Janeiro, acusado de tentar fraudar eleições em 2020 e 2024, destaca a persistência desse problema, que segue como uma chaga no sistema político brasileiro.
De acordo com dados da Polícia Federal, 1.820 inquéritos sobre crimes eleitorais estão em andamento, dos quais 1.091 foram abertos apenas em 2024. Entre os principais crimes investigados, destacam-se o “caixa dois”, a fraude na inscrição de eleitores e a compra de votos, práticas que frequentemente se interligam.
Dados da Polícia Federal sobre Crimes Eleitorais em 2024
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Caixa Dois:
- Total de investigações em andamento: 651
- Inquéritos abertos em 2024: 357
- Estados com mais casos:
- Rio de Janeiro: 144
- São Paulo: 64
- Distrito Federal: 49
- Paraná: 47
- Goiás: 39
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Fraude na Inscrição de Eleitor:
- Total de investigações em andamento: 498
- Inquéritos abertos em 2024: 387
- Estados com mais casos:
- Pará: 59
- Sergipe: 54
- Rio de Janeiro: 51
- Distrito Federal: 45
- São Paulo: 42
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Compra de Votos:
- Total de investigações em andamento: 307
- Inquéritos abertos em 2024: 104
- Estados com mais casos:
- Rio de Janeiro: 67
- Ceará: 25
- Pará: 23
- Maranhão: 21
- São Paulo: 18
Esses números refletem a complexidade e a abrangência dos desafios enfrentados pelas autoridades na fiscalização das eleições. O conceito de compra de votos tem sido ampliado nos últimos anos, abrangendo qualquer troca de benefícios, seja em dinheiro, bens materiais ou cargos, por apoio nas urnas. Tal prática não só é ilegal, como culturalmente arraigada em diversas regiões, especialmente nas mais vulneráveis, onde a população muitas vezes espera favores dos candidatos em troca de votos.
A ascensão de lideranças comunitárias, religiosas e até criminosas em regiões periféricas tem tornado o comércio de votos cada vez mais sofisticado. Em vez de cooptar eleitores individualmente, candidatos negociam com líderes locais que prometem entregar centenas ou milhares de votos em troca de benefícios, o que pode dificultar a aplicação da lei.
Os números de investigações em andamento reforçam a necessidade de vigilância constante e de medidas rigorosas para coibir essas práticas, que ameaçam a integridade do processo democrático brasileiro.
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