O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta quinta-feira (11) os recentes ataques à capital do Catar, Doha, mas não mencionou Israel na declaração aprovada por todos os 15 membros, incluindo os Estados Unidos, aliado de Israel.
Israel tentou matar líderes políticos do Hamas com o ataque de terça-feira (9), intensificando sua ação militar em um movimento que os EUA descreveram como um ataque unilateral que não avança os interesses de Washington e de Israel. Os EUA tradicionalmente protegem seu aliado Israel nas Nações Unidas.
O apoio dos EUA à declaração do Conselho de Segurança, que só poderia ser aprovada por consenso, reflete o descontentamento do presidente Donald Trump com o ataque ordenado pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
“Os membros do Conselho destacaram a importância da desescalada e expressaram sua solidariedade ao Catar. Eles sublinharam seu apoio à soberania e à integridade territorial do Catar”, dizia a declaração, redigida por Reino Unido e França.
A operação em Doha, amplamente condenada, foi especialmente sensível porque o Catar tem sediado e mediado negociações visando garantir um cessar-fogo na guerra em Gaza.
“Os membros do Conselho enfatizaram que a libertação dos reféns, incluindo aqueles mortos pelo Hamas, e o fim da guerra e do sofrimento em Gaza devem permanecer nossa prioridade máxima”, afirmou a declaração do Conselho de Segurança.
O Conselho de Segurança se reunirá mais tarde nesta quinta-feira para discutir o ataque israelense, em uma sessão que contará com a participação do primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman al-Thani.
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