Nova fórmula com fluoreto de estanho gera reações adversas graves; Procon-SP cobra explicações imediatas da Colgate
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão imediata da venda e distribuição do creme dental Colgate Clean Mint em todo o Brasil. A medida cautelar foi publicada nesta quinta-feira (27), no Diário Oficial da União, após uma série de reclamações de consumidores que relataram efeitos colaterais severos após o uso do produto.
Segundo a Anvisa, foram registradas oito notificações formais, envolvendo 13 episódios clínicos com sintomas como:
- Inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral
- Queimação intensa na boca
- Anestesia labial e interna
- Ressecamento da mucosa
- Inflamação gengival
- Vermelhidão generalizada
A versão reformulada do produto, lançada em julho de 2024, substituiu o tradicional fluoreto de sódio pelo fluoreto de estanho, com a promessa de oferecer limpeza profunda e maior refrescância. A alteração, no entanto, se tornou foco de atenção após os relatos adversos.
Procon-SP exige plano de ação da Colgate
O Procon-SP notificou a Colgate e exigiu respostas em 24 horas. A empresa deverá:
- Informar como identificar os lotes afetados
- Orientar os consumidores que já utilizaram o produto
- Apresentar um plano de ação para reduzir os impactos
- Enviar imagens e amostras da embalagem para análise técnica
Resposta da Colgate
Em nota enviada à imprensa, a Colgate defendeu o uso do fluoreto de estanho, afirmando ser um ingrediente seguro e aprovado mundialmente. A empresa alega que a nova fórmula é resultado de mais de 10 anos de pesquisa, incluindo testes com consumidores brasileiros.
Contudo, reconheceu que uma pequena parcela da população pode ter reações adversas a componentes como o fluoreto de estanho, flavorizantes ou corantes. A orientação é interromper o uso ao menor sinal de irritação e buscar orientação médica.
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