A expansão da anomalia magnética afeta a proteção da Terra no Sul e Sudeste do Brasil
25 de maio de 2024
Um relatório recente do governo dos Estados Unidos revelou que a Anomalia Magnética do Atlântico Sul (Amas), que abrange o Sul e Sudeste do Brasil, está em expansão.
Essa região do Atlântico Sul tem uma magnetosfera menos intensa, o que a torna um foco de monitoramento constante por várias agências internacionais. Segundo o relatório, a anomalia está se intensificando e se deslocando para o oeste, aumentando cerca de 5%. Esse movimento aumenta o risco de danos por radiação em satélites.
Os dados foram comparados com medições feitas em 2019 pela Agência Espacial Europeia (ESA) e seus satélites Swarm, confirmando a precisão dos modelos atuais.
A Amas pode causar diversos problemas, como danos a satélites devido à radiação elevada e interrupções nas comunicações por ondas de rádio. A expansão da Amas compromete a proteção magnética da Terra, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, até áreas que se estendem até a África.
A magnetosfera da Terra atua como um escudo contra energias nocivas, bloqueando a maior parte dessa energia de atingir a superfície terrestre por meio dos cinturões de Van Allen.
Monitoramento Contínuo
Diversas agências espaciais, incluindo a ESA, a NASA e o Brasil, com o lançamento do nanossatélite NanosatC-BR2, estão monitorando a Amas de perto.
Os satélites que orbitam a Terra são particularmente vulneráveis ao atravessarem a Amas, podendo sofrer danos pela radiação cósmica.
Além do NanosatC-BR2, o Brasil possui dois observatórios magnéticos: Vassouras, no Rio de Janeiro, e Tatuoca, na Amazônia, dedicados ao estudo dessa anomalia.
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