Na última semana, milhares de moradores do Rio de Janeiro se viram em meio a uma grave crise de abastecimento de água. A situação, que começou na terça-feira (26), após uma manutenção no Sistema Guandu, acabou se estendendo muito além do esperado e deixou a cidade sem água por mais de cinco dias. O Procon Carioca não hesitou em agir: multou a concessionária Águas do Rio em R$ 13,6 milhões pelas falhas graves no fornecimento de um serviço essencial.
O Procon Carioca, vinculado à Secretaria Especial de Cidadania, notificou a Águas do Rio para apurar o ocorrido, já que o problema se configurou como uma infração ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). A empresa deveria ter informado e se preparado melhor para minimizar os efeitos da manutenção no Sistema Guandu, mas, infelizmente, o que se viu foi uma população desassistida em meio a altas temperaturas e à falta de alternativas.
Renata Ruback, diretora-executiva do Procon Carioca, destacou o impacto generalizado do desabastecimento. “A situação de desabastecimento afetou a vida dos cidadãos e o funcionamento de serviços essenciais, como escolas, universidades, hospitais, órgãos públicos e empresas. Em tempos de altas temperaturas, a falta de água e a ausência de comunicação prévia apenas agravaram os transtornos enfrentados pela população”, afirmou Ruback.
Além da falta de comunicação adequada, a Águas do Rio não apresentou defesa no prazo de 48 horas estabelecido pelo Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor. A omissão resultou diretamente na aplicação da multa milionária.
Durante o período de escassez, bares e outros estabelecimentos comerciais recorreram a galões de água para tentar manter suas atividades, enquanto moradores relatavam dificuldades em suas rotinas. Sem alternativas claras fornecidas pela concessionária, o descontentamento da população só aumentou. Muitos cidadãos recorreram ao Procon Carioca para denunciar a precariedade do serviço e a falta de responsabilidade da empresa.
Procon intensifica fiscalização sobre carros-pipas
Para agravar ainda mais a situação, a crise no fornecimento impulsionou a demanda por carros-pipas, uma alternativa usada em situações emergenciais. No entanto, o Procon Carioca também passou a observar sinais de aumentos abusivos nos preços cobrados pelas empresas responsáveis pelo fornecimento de água via carros-pipas.
Diante disso, o Procon Carioca notificou oito empresas do setor para que apresentassem, em até 48 horas, esclarecimentos sobre os valores praticados. A intenção é verificar se houve abuso de preços em um momento em que a população já estava em situação de vulnerabilidade.
Caso as irregularidades sejam confirmadas, as empresas também poderão ser multadas conforme as disposições do Código de Defesa do Consumidor. “Não podemos permitir que a população seja prejudicada duplamente: pela falha de uma concessionária e por práticas abusivas de outras empresas. O Procon está aqui para defender o cidadão”, concluiu Renata Ruback.
Até o momento, a Águas do Rio não se pronunciou sobre a multa aplicada ou sobre as falhas apontadas pela população. O BelfordRoxo24h segue acompanhando de perto o desenrolar desta situação e as ações das autoridades para garantir que a população não seja mais uma vez prejudicada.
——— Para denunciar irregularidades no abastecimento de água ou práticas abusivas, entre em contato com o Procon Carioca. Para mais informações e atualizações sobre os acontecimentos em Belford Roxo e região, siga o BelfordRoxo24h nas redes sociais @BelfordRoxo24h. Você também pode acessar nosso canal no WhatsApp: (21) 97915-5787 ou através do link: CLIQUE AQUI.
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