ABDI propõe banir WhatsApp para proteger comunicações governamentais
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), presidida por Ricardo Cappelli, anunciou planos de lançar uma licitação para contratar empresas brasileiras que possam oferecer alternativas ao WhatsApp para uso nas comunicações do governo. A medida visa aumentar a segurança nas trocas de mensagens entre altos funcionários, após uma série de vazamentos em aplicativos de mensagens estrangeiros.
A decisão de Cappelli vem em resposta ao recente caso envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que teve suas conversas expostas, levantando questionamentos sobre a legalidade de suas ações no inquérito das fake news em 2022. Segundo Cappelli, esse incidente expôs a vulnerabilidade das comunicações governamentais quando realizadas por meio de plataformas estrangeiras, como o WhatsApp.
O presidente da ABDI destacou a necessidade de o governo federal adotar plataformas de mensagens mais seguras e afirmou que grandes empresas como o WhatsApp não são adequadas para comunicações de alta relevância, como as do governo. “Alguém tem que ser o primeiro”, disse Cappelli, reforçando que a iniciativa é um passo importante para a segurança nacional. Durante seu tempo no Ministério da Justiça, ele já discutia a criação de uma plataforma própria para as forças de segurança, como a Polícia Federal.
Ricardo Cappelli assumiu a presidência da ABDI após a nomeação de Flávio Dino para o STF. A agência está vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, sob a liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Vazamento de mensagens reforça necessidade de alternativas ao WhatsApp
A decisão de Ricardo Cappelli de buscar alternativas ao WhatsApp ganhou força após uma denúncia do jornal Folha de S.Paulo, que revelou mensagens trocadas entre assessores do ministro Alexandre de Moraes, do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As mensagens indicam que Moraes utilizou o órgão de combate à desinformação do TSE para monitorar manifestantes que criticaram ministros do STF durante um evento em Nova York, em novembro de 2022.
O evento, que contou com a presença de ministros como Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso, além do ex-presidente Michel Temer, foi alvo de protestos públicos, com vídeos das manifestações circulando amplamente nas redes sociais.
Em resposta às denúncias, o gabinete de Moraes afirmou que todos os procedimentos foram conduzidos de forma oficial e regular, com a devida documentação nos inquéritos em andamento no STF e com a participação da Procuradoria-Geral da República. No entanto, as mensagens vazadas revelam a preocupação dos assessores com a informalidade das ações.
Com essa situação, a proposta da ABDI de buscar soluções nacionais para as comunicações governamentais se torna ainda mais relevante. A licitação para essas novas plataformas já está em andamento, e a expectativa é de que o governo implemente as mudanças em breve.
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