Foi concorrida a abertura do Festival de Brasília, um dos mais tradicionais do país, nesta sexta (12), que teve a exibição de “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, no Cine Brasília, prédio de Oscar Niemeyer, na capital federal.
Os quase 400 ingressos disponibilizados esgotaram em menos de três minutos, diz a organização.
A solenidade parecia ignorar o clima que pairava sobre Brasília, um dia após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo Supremo Tribunal Federal. Até que o marasmo das falas institucionais foi quebrado por um grito vindo da plateia: “Sem anistia!”
“Hoje é para comemorar”, respondeu Fabrício Boliveira, mestre de cerimônias do evento.
A secretária do audiovisual do Ministério da Cultura, Joelma Gonzaga, deu continuidade ao clima de comemoração política. “Que bela semana para sermos brasileiros, não é verdade?”, disse.
A secretária afirmou que é preciso que se continue vigilante. “A extrema direita continua aí, embora nós tenhamos vencido essa semana”, disse a secretária.
Ela prestou homenagem à cineasta Lúcia Murat, presa durante a ditadura militar; à ministra Cármen Lúcia, cujo voto foi decisivo para a condenação de Bolsonaro, e à ministra da Cultura, Margareth Menezes, que não compareceu ao evento.
“Quando comecei ‘O Agente Secreto’, achava que estava escrevendo filme de época”, disse Mendonça Filho durante a abertura. “Mas eu fui aos poucos entendendo que esse filme de época era sobre o Brasil dos últimos dez anos, foi muito forte descobrir nisso.”
“Felizmente a gente está num momento muito melhor agora, principalmente com o que aconteceu nesta semana”, disse o cineasta.
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