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Milly Lacombe quer “implodir” a família

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Militantes radicais de extrema-esquerda veem opressão em tudo que rejeitam — incluindo a família. É o caso da jornalista carioca Milly Lacombe, para quem o núcleo familiar tradicional não representa apenas um modelo social a ser superado, mas a própria “base do fascismo”.

Essa afirmação, feita por ela numa edição recente do podcast “Louva Deusa”, veio acompanhada de um diagnóstico raso, envernizado com um fundo psicanalítico e decorado por um palavrão. “Não queria falar contra o amor romântico, mas vou falar… Esse negócio de família está f… a gente. Família é um núcleo produtor de neurose”, disse durante o programa.

Lacombe define o núcleo doméstico padrão do Brasil como “branco, conservador e cristão”, “uma farsa”, “horroroso”, “hipócrita” e “um ideal fictício e falido”. E enxerga uma hierarquia intrínseca a essa estrutura: “O homem manda, a mulher obedece e o filho só pode ser heterossexual”. 

Para superar essa instituição para ela tão nociva, Milly propõe sua “implosão” e a criação de “novos parentescos” fora dos laços biológicos — bem como a valorização de “novos arranjos afetivos” (a exemplo do poliamor) e dos casais que “moram em casas separadas”. 

Seu vocabulário corrente também inclui uma série de outros clichês acadêmicos típicos da turma identitária. De “desconstrução” a “patriarcado”, passando por “masculinidade tóxica”, “não-binariedade”, “privilégios”, “objetificação da mulher”, “heteronormatividade”, “paternidade reinventada”, “feminicídio” e “microviolências”. 

Milly Lacombe ainda faz questão de levar essa colagem discursiva para sua principal área de atuação: a imprensa esportiva, onde coleciona controvérsias e insiste em politizar até os aspectos mais banais do mundo do futebol.

A acusação que virou meme 

A polêmica mais famosa de Milly Lacombe data de 2006, quando ela trabalhava como comentarista do canal SporTV e protagonizou um embate com o então goleiro do São Paulo, Rogério Ceni. O episódio abalou sua carreira e ainda hoje é tema de memes constrangedores nas redes sociais.

Durante uma transmissão ao vivo, a comentarista acusou Ceni de falsificar uma assinatura numa suposta proposta de transferência para o clube inglês Arsenal, com o objetivo de conseguir um aumento de salário no São Paulo. O jogador telefonou na hora para o programa, defendendo sua honestidade e exigindo que a jornalista apresentasse provas.

A denúncia, no entanto, não passava de um boato, e o goleiro processou Milly por calúnia e difamação. Rogério Ceni ganhou a causa e só retirou a queixa-crime cinco anos depois, após um pedido de desculpas da comentarista. 

Hoje Milly Lacombe admite o erro e fala em aprendizado. Mas transforma sua história numa narrativa feminista e de vitimização. “Quando uma mulher erra, ela erra pelo gênero”, diz — dando a entender que, quando um homem erra, seu erro é visto como uma ação individual, e não como uma falha de todos os homens. 

“O novo Ayrton Senna” 

“Política e futebol não se separam, nunca se separaram” é um dos lemas da jornalista, que está sempre às voltas com confrontos de ordem ideológica com dirigentes e atletas. 

Em 2022, ela criticou Lucas Moura, à época no Tottenham da Inglaterra, por se declarar eleitor de Jair Bolsonaro e defensor dos princípios cristãos e da família. No ano seguinte, ao saber que o ex-jogador Pedrinho havia recebido um prêmio de melhor comentarista esportivo da temporada, ela o chamou de “macho-alfa” e reclamou da “masculinidade tóxica” presente em suas análises. 

Mais recentemente, Lacombe comprou briga com a torcida inteira do Botafogo, que apoiou John Textor, dono da sociedade controladora do clube, em uma divergência com Leila Pereira, presidente do Palmeiras. “A torcida, revoltadinha, não está defendendo o time. Está defendendo o seu macho”, afirmou. 

Mas nada se compara ao tratamento implacável dado por Milly a Neymar. Para ela, o atacante é imaturo e um mero “projeto” de seu pai, que tentou fazer do filho “o novo Ayrton Senna”, privando-o de viver como um “ser humano de verdade”. 

A jornalista também condena a relação do atacante com colegas condenados por estupro, como Robinho e Daniel Alves. “Ele nunca se manifestou a respeito disso”, diz, reforçando que Neymar os apoia (e destacando que, no caso de Alves, ajudou o amigo a pagar uma multa para reduzir sua pena). 

A implicância se intensifica quando o assunto é a simpatia do “menino Ney” por Jair Bolsonaro — algo que, para ela, é “inegociável”. Segundo Lacombe, Neymar defendeu o ex-presidente enquanto o Brasil “perdia 700 mil pessoas”, referindo-se à pandemia e sugerindo que Bolsonaro foi omisso durante a crise sanitária.  “Apoiar um fascista não é um direito”, diz. 

“Heterossexualidade homoafetiva” 

Para Milly Lacombe, mesmo as manifestações de rua pacíficas a favor de Jair Bolsonaro são “antidemocráticas por princípio” — porque, nas palavras dela, “apoiam ditadura, tortura, torturador, golpe de Estado e tudo o que vem a reboque: racismo, misoginia (…) e machismo” (a lista tem outras “fobias”).

Milly ainda define o bolsonarismo como uma “insurreição nazifascista” que se apropria de símbolos como a camisa da seleção de futebol e a bandeira do Brasil para manipular as massas.  Por isso, diz ter “medo” e se “arrepiar” só de ver o pavilhão nacional. 

Segundo a jornalista, Bolsonaro é um “machão que corre quando a polícia chega” e “dono de uma masculinidade frágil”, por “não tolerar a ideia de uma mulher torturada não ter delatado” (numa referência à Dilma Rousseff). 

Aliás, um dos temas preferidos de Lacombe é o que ela chama de “cultura heterossexual masculina”, que ela enxerga com suspeição.

Traduzindo: na visão de Lacombe, os homens heterossexuais tendem a valorizar, admirar, celebrar e amar acima de tudo outros homens. Eles buscam nos pares masculinos a principal fonte de reconhecimento, companheirismo e validação, enquanto percebem as mulheres de forma superficial e como objetos.

Ainda de acordo com Milly, os meninos desde cedo aprendem que “o feminino é desprezível, menor e recusável”. E essa imposição de um ideal de “macho dominante” os impede de serem vulneráveis, sensíveis e emocionalmente inteligentes. 

“Feminilização” da sociedade 

Abertamente lésbica, a jornalista também aponta a discriminação como uma “estrutura de poder” estimulada para perpetuar a hegemonia do homem branco e heterossexual.

A solução, para Lacombe, é que a sociedade se “feminilize”, priorizando qualidades como “subjetividade, empatia e compaixão”. Nesse sentido, ela diz, o feminismo se torna uma “ferramenta de emancipação de todos os seres do planeta”. 

Uma das pautas feministas mais importantes para atingir essa emancipação, segundo a jornalista, é a defesa do aborto “livre e gratuito”. Para Milly, a criminalização do aborto é uma forma de “controle sobre os corpos das mulheres pobres”.  “Um governo que se recusa a falar de aborto não é um governo que vai nos representar”, diz. 

Essa defesa intransigente do aborto, combinada com seu apelo para implodir a família tradicional, revela uma equação simples. Se os laços afetivos mais básicos são “a base do fascismo” e a proteção da vida favorece um “sistema de opressão”, o projeto proposto por Milly Lacombe fica claro: criar uma nova ordem, artificial e ideologizada, em nome de uma suposta libertação.

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