Desde o anúncio do governador Cláudio Castro sobre a epidemia de dengue no estado do Rio, a situação na Baixada Fluminense tem sido preocupante. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) registrou até o momento 6.479 casos de dengue na região. Em Belford Roxo, já são 384 casos confirmados.
De acordo com o professor Antonio Carlos Oscar Junior da Uerj, as condições ambientais favoráveis na região, como a alta umidade do ar e a proximidade com a Baía de Guanabara e Sepetiba, contribuem para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Além disso, a falta de acesso ao saneamento básico agrava a situação, tornando a população mais vulnerável ao vírus.
Um dos desafios enfrentados pelas autoridades de saúde é a baixa adesão à vacinação contra a dengue, apesar de ser autorizada pela Anvisa. As vacinas estão disponíveis para crianças de 10 a 14 anos, mas a procura ainda é pequena nas unidades de saúde.
Em Belford Roxo, até o momento, 601 crianças foram vacinadas contra a dengue, segundo informações da Prefeitura. É fundamental que os pais e responsáveis levem seus filhos para se vacinarem, pois isso ajuda a proteger não apenas a criança, mas toda a comunidade.
Autoridades sanitárias enfatizam a importância da vacinação como uma forma eficaz de prevenir a doença. A pesquisadora Chrystina Barros, da UFRJ, destaca que a vacinação é essencial para prevenir casos graves da doença, especialmente em crianças, que são o grupo de maior risco.
A médica Carla Dionello, presidente da Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro, reforça que a vacina é segura e confiável, e que os pais podem e devem vacinar seus filhos para protegê-los contra a dengue.
É crucial que os moradores de Belford Roxo estejam cientes da gravidade da situação e tomem medidas preventivas, incluindo a vacinação, para combater a propagação da dengue na região.