A rica — e por vezes esquecida — biodiversidade da Baixada Fluminense voltou a surpreender. Moradores que caminhavam pela trilha do Mirante da Vila Rica, na região conhecida como Bacia, registraram na segunda-feira (22) a passagem de um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla). O flagrante foi enviado com exclusividade ao BelfordRoxo24h, acompanhado de fotos e de um vídeo que mostram o animal se deslocando tranquilamente pela vegetação à beira da estrada.
Sinal de um ecossistema ainda pulsante
O tamanduá-mirim é reconhecido pelo focinho alongado, pela “máscara” escura que se estende pelos ombros e pela cauda robusta. Apesar de classificado como Menos Preocupante pela lista global da IUCN, especialistas alertam que, no Estado do Rio de Janeiro, a pressão da expansão urbana e a fragmentação de habitat fazem a espécie constar como vulnerável em listas estaduais de fauna ameaçada.
Roteiro de formigas e cupins
Esses antepassados dos gigantes tamanduás-bandeira alimentam-se quase exclusivamente de formigas e cupins, chegando a ingerir até 9 mil insetos em uma única noite. A presença de colônias de cupins nas encostas da Vila Rica — associada às áreas de mata secundária — explica o interesse do animal pela região.
O que fazer ao encontrar um tamanduá
- Mantenha distância: o tamanduá-mirim não oferece risco, mas pode usar as garras para se defender.
- Não tente alimentá-lo: a dieta é altamente especializada.
- Registre e informe: fotos, vídeos e localização ajudam pesquisadores a mapear a espécie.
- Acione órgãos ambientais: em Belford Roxo.
O material foi encaminhado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente para que seja aberto um protocolo de monitoramento. Ambientalistas estudam instalar armadilhas fotográficas na trilha para confirmar se há outros indivíduos na área.
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