Nesta quarta-feira (10/4), o plenário da Câmara dos Deputados foi palco de intensos debates sobre a situação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de envolvimento no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco. Sob os olhares atentos da nação, a deputada federal Daniela do Waguinho, ex-ministra do Turismo no governo Lula, surpreendeu ao votar pela soltura de Brazão, seu ex-colega de partido.
Após uma votação acirrada, com 277 votos favoráveis, 129 contrários e 28 abstenções, a decisão foi tomada: Chiquinho Brazão continuará preso. A sessão em plenário foi precedida pela aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do relatório favorável à prisão do parlamentar, elaborado pelo deputado Darci de Matos (PSD-SC).
O placar na CCJ, com 39 votos favoráveis, 25 contrários e uma abstenção, mostrou a complexidade e a polarização do tema. No entanto, para que a prisão fosse mantida, era necessário o apoio da maioria absoluta do plenário, ou seja, 257 deputados.
Os blocos políticos se dividiram, com algumas bancadas liberando seus votos. Entre os que se manifestaram a favor da prisão estavam as federações PT-PV-PCdoB e PSol-Rede, além do PSB. Uma decisão que reflete as tensões e os desafios enfrentados pelo cenário político brasileiro.