Mais de um Milhão de Residências no Rio sob Alto Risco de Inundação
Um estudo recente revelou que cerca de 1,1 milhão de casas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro estão em áreas suscetíveis a inundações, enquanto outras 60,6 mil residências correm perigo de deslizamentos. Essa situação alarmante, divulgada pela associação civil Casa Fluminense, torna-se ainda mais preocupante diante da frequência crescente de eventos climáticos extremos, como os que têm impactado o estado.
A Baixada Fluminense é uma das regiões mais vulneráveis, com 27,8% das residências construídas em áreas de alto risco de inundação. Um projeto crucial, aguardando financiamento para sua implementação, busca mitigar os impactos das chuvas. No entanto, mesmo eventos comuns já representam um perigo iminente. As construções situadas dentro da calha do rio são particularmente vulneráveis, enfrentando inundações em praticamente todas as cheias.
Especialistas alertam que as condições geográficas da Baixada Fluminense, cercada por montanhas, favorecem as inundações. Medidas como aumentar a capacidade hidráulica e implementar sistemas de detenção podem ajudar a aliviar o problema. No entanto, obras de macrodrenagem avaliadas em R$ 500 milhões estão paralisadas há mais de uma década.
Na capital, 438 mil residências estão em áreas de alto risco de inundação, representando cerca de 15% do total. Uma das áreas mais afetadas recentemente foi o entorno do Rio Acari, na Zona Norte, onde também há construções às margens do rio. O governo federal está avaliando a inclusão de obras de drenagem na região no PAC, atendendo a uma solicitação da prefeitura do Rio, que afirma investir em ações de desassoreamento de rios e prevenção de deslizamentos e inundações.
Além das inundações, as mudanças climáticas também acentuam as ondas de calor na cidade. Ampliar a cobertura vegetal pode ajudar a aliviar a sensação de calor, mas a prefeitura do Rio tem enfrentado desafios para cumprir suas metas nesse sentido. Apenas 22 mil novas árvores foram plantadas no ano passado, de uma meta estabelecida em 75 mil mudas. Outras medidas ambientais definidas também não foram cumpridas até o momento.
A urgência em enfrentar esses desafios é clara. Afinal, dominar os fatos e confiar em fontes confiáveis são passos essenciais para lidar com questões tão cruciais quanto as relacionadas às mudanças climáticas e à segurança das residências no Rio de Janeiro.
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