Visita ao canteiro e mobilização recorde
Na manhã de segunda-feira (2), o prefeito Márcio Canella percorreu os corredores do novo Hospital Geral, acompanhado por engenheiros e mais de cem trabalhadores. No vídeo divulgado nas redes sociais, ele reforça que a unidade será entregue “totalmente equipada, com equipamentos modernos para atender o nosso povo” ainda neste semestre.
A radiografia da obra
- Quatro andares com três elevadores (dois sociais e um de maca).
- Centro cirúrgico com três salas e CME.
- UTI adulta e sala vermelha.
- 23 leitos clínicos distribuídos em cinco enfermarias com isolamento.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o mutirão acelera os acabamentos elétricos, a climatização e a instalação da rede de gases medicinais — última etapa antes da fase de testes e entrega oficial.
Belford Roxo hoje: os números do IBGE
- População: 483.087 habitantes (Censo 2022).
- Nascidos vivos em 2023: 5.923 bebês.
- Taxa de mortalidade infantil: 15,2 óbitos por mil nascidos vivos.
- Leitos de UTI / 10.000 hab.: 0,8 (um dos piores índices do RJ).
- Moradores 25+ com ensino superior completo: 5,7 % – o menor percentual do país.
Atualmente, a cidade ainda depende de unidades hospitalares de municípios vizinhos para atendimento de alta complexidade, partos de risco e internações intensivas.
O que muda com o hospital funcionando
Com a entrada em operação do novo Hospital Geral de Belford Roxo, a cidade passará por uma transformação concreta em diversos indicadores estratégicos da saúde pública.
Atualmente, o município conta com apenas 0,8 leitos de UTI por 10 mil habitantes, um dos piores índices da Baixada Fluminense. Com a inauguração da nova unidade, esse número deverá subir para cerca de 1,3 leitos, o que representa um crescimento de 60% na cobertura hospitalar intensiva, garantindo atendimento local para casos graves que antes eram removidos para outras cidades.
Outro avanço significativo será na realização de partos. Hoje, apenas 55% dos nascimentos ocorrem dentro do município, obrigando muitas gestantes a se deslocarem para hospitais em Caxias ou Nova Iguaçu, o que aumenta o risco em situações de emergência. Com a nova estrutura obstétrica e a presença de UTI neonatal, a expectativa é que mais de 85% dos partos passem a ser realizados no próprio hospital municipal, encerrando um ciclo histórico de dependência externa nesse tipo de atendimento.
A mortalidade infantil, atualmente em 15,2 por mil nascidos vivos, deverá ser reduzida para até 13 por mil, um índice ainda desafiador, mas viável graças à estrutura de pronto-atendimento, equipamentos modernos e profissionais especializados. O impacto será direto sobre a sobrevivência e a saúde dos recém-nascidos.
Além disso, a construção e operação do hospital criará mais de 400 empregos diretos na área da saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, laboratoristas, administrativos e apoio. Isso não apenas aquece a economia local, mas também atrai profissionais qualificados e aumenta o nível técnico da mão de obra na cidade.
Por fim, a gestão municipal já articula convênios com universidades públicas e privadas para implementar programas de residência médica e estágios técnicos, com uma previsão inicial de 50 vagas anuais. Essa medida conecta o hospital à formação educacional e cria um polo de capacitação em Belford Roxo, o que impacta diretamente o índice de escolaridade — que atualmente é o mais baixo do país entre cidades com mais de 100 mil habitantes.
Esses dados demonstram que o novo hospital não será apenas um marco na infraestrutura de saúde, mas um agente transformador da realidade social, educacional e econômica de Belford Roxo.
Saúde como motor de desenvolvimento
O Brasil registrou em 2023 o menor número de nascimentos em 45 anos (2,52 milhões), reflexo de mudanças culturais, sociais e econômicas, além do envelhecimento populacional. Embora Belford Roxo siga essa tendência nacional, a nova unidade hospitalar poderá agir de forma decisiva para melhorar os desfechos de saúde materno-infantil, além de promover uma requalificação do território em longo prazo.
Com uma estrutura moderna de UTI neonatal, salas cirúrgicas equipadas e atenção obstétrica 24 horas, será possível reduzir óbitos neonatais, prevenir complicações no parto e oferecer acompanhamento adequado a gestantes de alto risco. Ao mesmo tempo, a presença de um polo de formação técnica e universitária poderá impulsionar a taxa de escolaridade superior no município, que hoje é de apenas 5,7%.
“Um hospital de média e alta complexidade é mais que um prédio; é um ecossistema de conhecimento, emprego e qualidade de vida”, destacou um gestor da área técnica da Secretaria Municipal de Saúde.
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