A Câmara dos Deputados declarou oficialmente, nesta quinta-feira (24), a perda do mandato do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A decisão foi publicada em edição extra do Diário da Câmara e se baseou no artigo 55 da Constituição Federal, que prevê a cassação por faltas injustificadas.
O caso marca mais um capítulo de repercussão nacional envolvendo políticos do Rio de Janeiro. Chiquinho Brazão não compareceu à maioria das sessões legislativas e, com isso, teve seu mandato encerrado por decisão da Mesa Diretora da Câmara.
Relembre: Daniela do Waguinho votou a favor de Chiquinho em 2024
O caso ganha novo destaque especialmente para Belford Roxo, já que a deputada federal Daniela do Waguinho — com base política na cidade — votou em 2024 a favor da soltura de Chiquinho Brazão durante sessão na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O posicionamento causou forte repercussão negativa entre eleitores da Baixada Fluminense e movimentos sociais.
À época, o BelfordRoxo24h repercutiu a decisão em primeira mão. O voto foi interpretado por muitos como uma tentativa de blindagem ao acusado, antes mesmo da conclusão do processo no Conselho de Ética.
Investigação e pressão por justiça
Chiquinho Brazão é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal como um dos mandantes do duplo homicídio que chocou o Brasil em 2018. Marielle Franco, ativista e vereadora do PSOL, foi executada junto ao motorista Anderson Gomes em um crime que expôs articulações entre grupos políticos e milicianos no Rio.
Em 2024, o Conselho de Ética já havia aprovado a perda do mandato de Brazão, mas o Plenário ainda não havia finalizado o processo. Agora, a cassação foi sacramentada pela Mesa Diretora da Casa, fortalecendo a expectativa por avanços no caso Marielle.
Impacto político em Belford Roxo
A conexão entre Daniela do Waguinho e Chiquinho Brazão volta à tona com o desfecho desta quinta-feira. A cassação reacende o debate sobre a responsabilidade política de representantes que apoiaram ou se omitiram diante de graves acusações de crimes contra a democracia e os direitos humanos.
Moradores de Belford Roxo voltam a cobrar posicionamento claro da deputada, principalmente diante de um dos casos mais simbólicos da luta contra a violência política no Brasil.
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