O Rio de Janeiro está prestes a recuperar um ícone essencial de sua economia: a Bolsa de Valores. Após mais de duas décadas desde seu encerramento, a cidade se prepara para sediar uma nova Bolsa de Valores, com previsão para iniciar suas operações no segundo semestre de 2025. O anúncio foi feito pelo prefeito Eduardo Paes e pelo CEO do Americas Trading Group (ATG), Claudio Pracownik, em uma cerimônia na Associação Comercial da cidade.
A decisão de reabrir a Bolsa vem acompanhada de medidas legislativas significativas. Aprovado pela Câmara de Vereadores, o Projeto de Lei 3276/2024 reduzirá o Imposto sobre Serviços de qualquer natureza (ISS) para atividades relacionadas à Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, incentivando a instalação e operação dessas instituições no Rio de Janeiro.
Segundo o prefeito Paes, a volta da Bolsa de Valores não só representa um marco econômico, mas também um esforço conjunto para revitalizar o setor financeiro carioca, competindo diretamente com São Paulo. A medida é vista como um impulso para criar novos mercados e atrair investidores, fortalecendo a economia local.
Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, destacou que o setor financeiro é um dos maiores contribuintes de ISS na cidade, gerando mais de um bilhão e meio de reais em receita. Com a reabertura da Bolsa, espera-se um aumento na geração de empregos e uma nova dimensão para o mercado financeiro carioca.
Claudio Pracownik, CEO do ATG, enfatizou que a criação de uma segunda Bolsa de Valores no país reflete a maturidade do mercado de capitais brasileiro, promovendo eficiência e redução de riscos. Ele também ressaltou que a escolha do Rio como sede administrativa da nova bolsa trará benefícios significativos para toda a região, estimulando o renascimento do mercado financeiro no Estado.
Dados da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento indicam que o setor financeiro é responsável por uma parcela substancial da arrecadação de ISS no Rio de Janeiro, evidenciando sua importância econômica. Com 68,5 mil trabalhadores e uma média salarial significativamente acima da média nacional, o setor representa um pilar essencial da economia carioca.
A iniciativa também destaca o potencial do Rio de Janeiro no cenário nacional, com mais de quatro mil fundos e um patrimônio total sob gestão que representa uma fatia significativa do mercado brasileiro. Esses números posicionam o Rio como um mercado financeiro robusto, capaz de atrair investimentos e impulsionar o crescimento econômico regional.
Com a reabertura da Bolsa de Valores, o Rio de Janeiro não apenas recupera um importante centro financeiro, mas também se prepara para um novo capítulo de desenvolvimento econômico e competitividade no mercado nacional e internacional.
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