Nos últimos meses, um novo tipo de “brincadeira” tem se tornado febre entre os jovens do Rio de Janeiro, especialmente nas comunidades das zonas Norte e Oeste: guerras com armas que disparam pequenas bolinhas de gel. O que parece ser uma diversão inofensiva tem gerado muita preocupação entre moradores e autoridades, pois o comportamento desses jovens pode colocá-los em risco.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram jovens portando fuzis e pistolas de gel, simulando batalhas nas ruas. Em áreas como a Vila Kennedy, em Bangu, esses grupos chegam a utilizar motos e a cobrir o rosto, criando uma imagem que se assemelha a situações de conflito real. O problema se agrava com relatos de incidentes. Em Vila Aliança, uma criança quase perdeu a visão após ser atingida por uma dessas bolinhas de gel, o que gerou grande preocupação na comunidade.

As armas de gel não são réplicas reais e sua venda não é proibida pelo Estatuto do Desarmamento, segundo o artigo 26, mas a maneira como são usadas por jovens tem acendido o alerta entre as autoridades de segurança. Em entrevista, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, afirmou: “Eles se caracterizam como criminosos e isso é um risco para eles. A forma de utilização pode colocar em perigo suas vidas”.

Supervisão é fundamental: É importante que os pais fiquem atentos às brincadeiras de seus filhos. Essas armas, mesmo de gel, podem causar ferimentos graves, especialmente se atingirem áreas sensíveis como os olhos.

Evitar participação em “batalhas”: Essas “guerras” de bolinhas de gel nas ruas, além de perigosas, podem ser confundidas com confrontos reais, colocando os jovens em risco de abordagem policial.

Educar sobre os riscos: Explique aos seus filhos que, embora pareçam brinquedos, essas armas podem causar acidentes graves e provocar reações indesejadas, especialmente em locais públicos.

A popularização dessas armas também foi tema de preocupação após um incidente recente no Complexo da Maré, onde um caminhão da Comlurb foi invadido por jovens portando essas armas de gel. Embora a ação tenha durado poucos segundos, as imagens chocaram os moradores da região.

A Polícia Militar informou que ainda não houve registro de ocorrências relacionadas a esses equipamentos, mas reforçou que o uso inadequado pode ser perigoso, principalmente se houver uma abordagem policial. Autoridades temem que jovens possam se colocar em situações de risco, onde a identificação de que se trata de uma arma de brinquedo nem sempre é imediata.

Essas “brincadeiras” podem parecer inofensivas à primeira vista, mas os riscos são reais. A orientação para os pais é clara: não permitam que seus filhos participem dessas atividades e expliquem os perigos envolvidos. Proteger a juventude é responsabilidade de todos.

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