O tiro que matou Charlie Kirk representa mais do que um crime isolado. O influenciador americano de apenas 31 anos se tornou a nova vítima de uma tendência crescente e preocupante: a escalada global da violência política contra líderes, ativistas e políticos de direita.
Seu assassino, Tyler James Robinson, de 22 anos, exemplifica o perfil cada vez mais comum dos esquerdistas radicais por trás desse tipo de crime. Até onde se sabe, Robinson agiu sozinho, movido por uma retórica de ódio que desumaniza adversários políticos na tentativa de legitimar o uso da violência.
Essa brutalidade, no entanto, não é um fenômeno recente. Faz parte de uma linha de continuidade histórica que remonta às grandes revoluções e segue por meio de grupos terroristas, conspirações de poder e atiradores independentes.
Da Revolução Francesa aos assassinatos de parlamentares conservadores na Europa contemporânea — passando pelos gulags soviéticos, campos de trabalho forçado na China e na Coreia do Norte e as guerrilhas marxistas da América do Sul —, a eliminação e neutralização dos oponentes políticos tem sido uma constante em movimentos extremistas.
Nos últimos anos, o padrão observado revela que a violência, em princípio simbólica, vem sendo incitada por políticos, jornalistas e militantes ligados ao progressismo. Mesmo as universidades, concebidas como espaços de debate plural, têm se tornado focos de radicalização.
Em 2024, o vereador trabalhista britânico Ricky Jones foi filmado chamando conservadores de “nazistas nojentos” e sugerindo cortar a garganta deles. “Que Trump seja condenado e morra na prisão”, afirmou, também no ano passado, o apresentador de TV americano Keith Olbermann.
No Brasil, o sociólogo e historiador Mauro Iasi ficou famoso por indicar “paredão, espingarda e bala” contra a direita. Já o jornalista Hélio Schwartsman chegou a publicar um artigo intitulado “Por que torço para que Bolsonaro morra”.
Os discursos de ódio influenciam uma parcela significativa da população, especialmente os mais jovens. Um levantamento realizado neste mês pela YouGov (empresa internacional de pesquisas e análise de dados) revelou que 11% dos americanos consideram a violência política “às vezes justificável” para alcançar objetivos ideológicos.
Embora 72% dos entrevistados rejeitem completamente essa postura, os números mostram padrões alarmantes: jovens entre 18 e 29 anos são seis vezes mais propensos a justificar violência política do que pessoas acima dos 65.
O estudo também apontou uma divisão ideológica clara. Enquanto apenas 3% dos “muito conservadores” consideram a violência aceitável, esse percentual salta para 25% entre os “muito esquerdistas”.
O grupo mais tolerante a esse tipo de confronto é composto por jovens de esquerda entre 18 a 44 anos. Entre eles, 26% veem justificativa para o uso da força — uma proporção que pode explicar, em parte, a frequência com que figuras da direita se tornaram alvos de ataques.
Estimulados por essas narrativas ou não, os ataques contra personalidades conservadoras são uma realidade em todo o mundo. A seguir, listamos os casos mais emblemáticos das últimas décadas. A relação é numerosa e revela um quadro que a imprensa hegemônica ainda insiste em ignorar.
Charlie Kirk (setembro de 2025)
Comentarista, ativista e aliado próximo de Donald Trump, foi assassinado com um tiro no pescoço enquanto discursava na Universidade Utah Valley. O governador de Utah, George Cox, afirmou que o atirador, Tyler Robinson, é um radical de esquerda.
Miguel Uribe Turbay (agosto de 2025)
Senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, morreu dois meses após ser baleado em um comício.
Donald Trump (julho de 2024)
Candidato à presidência dos EUA pela segunda vez, foi ferido na orelha direita por um disparo durante um comício na Pensilvânia, em uma das diversas tentativas de assassinato contra ele.
Hervé Breuil (junho de 2024)
Candidato do partido Reunião Nacional na França, agredido por um grupo mascarado durante sua campanha — ao ser derrubado no chão, sofreu um derrame cerebral.
Robert Fico (maio de 2024)
Primeiro-ministro da Eslováquia, baleado várias vezes em um evento público, sobreviveu em estado crítico após cirurgias.
Michael Stürzenberger (maio de 2024)
Ativista anti-imigração e jornalista alemão, esfaqueado durante um evento público e gravemente ferido.
Alejo Vidal-Quadras (novembro de 2023)
Ex-vice-presidente do Parlamento Europeu e fundador do partido de direita Vox na Espanha, baleado no rosto no centro de Madri — a investigação apontou “terrorismo patrocinado pelo Estado do Irã”.
Thierry Baudet (novembro de 2023)
Líder do partido holandês Fórum para a Democracia, atacado com uma garrafa de cerveja e hospitalizado com cortes profundos na nuca e perto de um dos olhos.
Tino Chrupalla (outubro de 2023)
Presidente do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), internado após sofrer um ataque com uma seringa antes de um evento de campanha
Fernando Villavicencio (agosto de 2023)
Candidato à presidência do Equador, assassinado a tiros ao sair de um comício.
Andreas Jurca (agosto de 2023)
Candidato à câmara legislativa da Baviera pela AfD, agredido fisicamente por sua posição política.
María Corina Machado (agosto de 2023)
Principal opositora do chavismo e candidata à presidência da Venezuela, denunciou perseguição política e foi atacada fisicamente em pelo menos duas ocasiões por grupos pró-Maduro.
Riley Gaines (abril de 2023)
Ex-nadadora e ativista política, atacada e confinada em uma sala da Universidade Estadual de São Francisco após discursar contra a participação de homens biológicos em esportes femininos.
Michael Knowles (abril de 2023)
Comentarista e influenciador, alvo de violência política promovida por um grupo “antifascista” que lançou uma bomba contra um prédio da Universidade de Pittsburgh onde ele discursaria — um policial ficou gravemente ferido no episódio.
Shinzo Abe (julho de 2022)
Ex-primeiro-ministro japonês, líder do Partido Liberal Democrata (de centro-direita), assassinado a tiros durante uma campanha eleitoral.
David Amess (outubro de 2021)
Parlamentar britânico do Partido Conservador, esfaqueado até a morte dentro de uma igreja por um apoiador do Estado Islâmico.
Walter Lübcke (junho de 2019)
Político conservador da União Democrata-Cristã (CDU) na Alemanha, assassinado a tiros em sua casa por um neonazista.
Frank Magnitz (janeiro de 2019)
Deputado da Alternativa para a Alemanha, brutalmente agredido em Bremen e hospitalizado com graves ferimentos na cabeça.
Jair Bolsonaro (setembro de 2018)
Candidato à presidência do Brasil, foi esfaqueado na barriga durante um comício em Juiz de Fora (MG), mas sobreviveu após cirurgias.
Steve Scalise (junho de 2017)
Congressista republicano e apoiador ferrenho de Donald Trump, gravemente ferido em um tiroteio durante um treino de beisebol.
Theresa May (dezembro 2017)
Primeira-ministra do Reino Unido, foi alvo de um plano de assassinato frustrado pela polícia.
George W. Bush (maio de 2005)
Presidente dos EUA, alvo de um ataque quando um homem arremessou uma granada contra o palco onde ele discursava na Geórgia — o explosivo não detonou.
Zoran Djindjic (março de 2003)
Primeiro-ministro sérvio, pró-Ocidente, assassinado em Belgrado após liderar a deposição de Slobodan Milosevic.
Pim Fortuyn (6 de maio de 2002)
Político holandês, assassinado a tiros por um militante ambientalista de esquerda.
Wolfgang Schauble (outubro de 1990)
Político alemão, ficou parcialmente paralisado após ser baleado três vezes em um evento de campanha eleitoral.
Luis Carlos Galán (agosto de 1989)
Senador e candidato à presidência da Colômbia, liberal “linha-dura” contra o narcotráfico, assassinado durante um comício por criminosos ligados a Pablo Escobar.
Margaret Thatcher (1984)
Primeira-ministra britânica, escapou por pouco da explosão de uma bomba plantada pelo grupo terrorista IRA em um hotel — cinco pessoas morreram no ataque.
Ronald Reagan (março de 1981)
Presidente americano, foi ferido por disparos em Washington após um discurso, mas sobreviveu após cirurgia de emergência.
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