O órgão regulador de mercado da China disse nesta segunda-feira (15) que uma investigação preliminar constatou que a Nvidia violou leis antitruste do país, marcando o mais recente golpe para a gigante de chips dos Estados Unidos.
O breve comunicado da Administração Estatal para Regulação do Mercado não detalhou como a empresa americana, conhecida por seus chips de inteligência artificial, poderia ter violado as leis chinesas.
Pequim lançou em dezembro uma investigação sobre a Nvidia por, segundo ela, suspeitas de violações da lei antimonopólio do país, uma apuração que foi amplamente vista como um tiro de retaliação contra as restrições de Washington ao setor de chips chinês.
O regulador chinês também disse que a fabricante de chips americana era suspeita de violar compromissos que assumiu durante a aquisição da designer de chips israelense Mellanox Technologies, sob os termos delineados na aprovação condicional daquele acordo em 2020.
A agência acrescentou nesta segunda-feira (15) que continuará suas investigações. A Nvidia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
De acordo com a lei antitruste da China, as empresas podem enfrentar multas de 1% a 10% de suas vendas anuais do ano anterior. A China gerou US$ 17 bilhões em receita para a Nvidia no ano fiscal encerrado em janeiro, ou 13% das vendas totais, com base em seu último relatório anual.
O anúncio do regulador do mercado chinês ocorre no momento em que os EUA e a China realizam negociações comerciais em Madri, onde se espera que os chips, incluindo os fabricados pela Nvidia, estejam na pauta.
A medida em que a China pode ter acesso a chips de IA de ponta é um dos maiores pontos de conflito na guerra EUA-China pela supremacia tecnológica.
A Nvidia, maior fabricante mundial de chips de IA cujo valor de mercado disparou com a onda de IA, tem estado no centro da disputa. O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, impôs e depois relaxou algumas de suas restrições mais severas às vendas de chips avançados da empresa para a China.
Ao mesmo tempo, a China está interessada em que sua indústria de tecnologia se livre da dependência de chips dos EUA. Autoridades chinesas convocaram empresas, incluindo a Tencent e a ByteDance, sobre suas compras do chip H20 da Nvidia, pedindo-lhes que explicassem suas razões e expressando preocupações com riscos de informação, disseram fontes no mês passado.
Também no mês passado, o órgão regulador do ciberespaço da China convocou representantes da Nvidia para explicar se o chip H20, que a Nvidia adaptou para a China, representava riscos de segurança de “backdoor” que poderiam afetar os dados e a privacidade dos usuários chineses.
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